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Confronto na UFSC causa atritos entre reitoria e PF

Delegado responsável pela operação na universidade fez declarações à imprensa sobre a nota de repúdio emitida pela reitora Roselane Neckel

Tropa de choque no campus da UFSC: policiais e estudantes entraram em confronto no campus da universidade nesta última terça (Divulgação/ Helio Rodak de Quadros Junior)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de março de 2014 às 20h37.

Florianópolis - O confronto entre policiais e estudantes no campus da UFSC causou atritos nas relações institucionais entre a reitoria da Universidade e a Polícia Federal . Ainda na noite de terça-feira, 25, o delegado responsável pela operação, Paulo César Barcellos Cassiano Júnior, fez declarações à imprensa local sobre a nota de repúdio emitida pela reitora Roselane Neckel.

"Não vou permitir que a reitora transforme a UFSC em uma república de maconheiros", afirmou em diversas entrevistas, ressaltando que a operação tinha aval da Universidade.

Segundo a nota de repúdio à ação das polícias Federal e Militar divulgada pela UFSC, a PF teria desrespeitado um acordo ao não comunicar a Universidade previamente quando fossem realizadas operações no campus.

Mas na quarta-feira, 26 a PF divulgou um documento, datado em agosto de 2013 e assinado também pela UFSC, que autorizaria a presença de policias em operações de investigação ao tráfico de drogas no campus. A partir desta quinta-feira, 27, a Superintendência Regional da Polícia Federal em Santa Catarina instruiu todos seus agentes a não comentarem mais o episódio, deixando a comunicação sob responsabilidade da sede em Brasília.

Ocupação

Após o confronto, centenas de estudantes invadiram o prédio 1 da reitoria da UFSC sob protesto. Após a liberação dos detidos consequente assinatura de termo circunstanciado, o movimento atribuiu uma condição para a desocupação do espaço: a assinatura de um documento pela reitora que proíba a atuação da PM dentro do campus.

No final da tarde de quarta-feira, uma audiência pública foi realizada no auditório da UFSC para discutir a questão. A imprensa foi impedida por integrantes de movimentos estudantis de acompanhar a reunião no local.

Terminada a audiência, a reitora Roselane Neckel entregou um termo de compromisso com sete itens: solicitar ao Ministério Público estadual que se reafirme, nos direitos constitucionais da UFSC, que se reafirme a norma de que nenhuma operação policial deve ser realizada no campus sem autorização prévia da reitoria; tomar medidas administrativas e legais para apurar as responsabilidades dos envolvidos no episódio; encaminhar relatório ao Ministério da Educação, Ministério da Justiça e Secretaria de Direitos Humanos sobre os excessos cometidos; estabelecer um calendário para a discussão de políticas de segurança com a comunidade universitária; executar um projeto de iluminação do campus; defender os direitos da UFSC e de seus alunos; e reafirmar a autonomia universitária.

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"Não vou permitir que a reitora transforme a UFSC em uma república de maconheiros", afirmou em diversas entrevistas, ressaltando que a operação tinha aval da Universidade.

Segundo a nota de repúdio à ação das polícias Federal e Militar divulgada pela UFSC, a PF teria desrespeitado um acordo ao não comunicar a Universidade previamente quando fossem realizadas operações no campus.

Mas na quarta-feira, 26 a PF divulgou um documento, datado em agosto de 2013 e assinado também pela UFSC, que autorizaria a presença de policias em operações de investigação ao tráfico de drogas no campus. A partir desta quinta-feira, 27, a Superintendência Regional da Polícia Federal em Santa Catarina instruiu todos seus agentes a não comentarem mais o episódio, deixando a comunicação sob responsabilidade da sede em Brasília.

Ocupação

Após o confronto, centenas de estudantes invadiram o prédio 1 da reitoria da UFSC sob protesto. Após a liberação dos detidos consequente assinatura de termo circunstanciado, o movimento atribuiu uma condição para a desocupação do espaço: a assinatura de um documento pela reitora que proíba a atuação da PM dentro do campus.

No final da tarde de quarta-feira, uma audiência pública foi realizada no auditório da UFSC para discutir a questão. A imprensa foi impedida por integrantes de movimentos estudantis de acompanhar a reunião no local.

Terminada a audiência, a reitora Roselane Neckel entregou um termo de compromisso com sete itens: solicitar ao Ministério Público estadual que se reafirme, nos direitos constitucionais da UFSC, que se reafirme a norma de que nenhuma operação policial deve ser realizada no campus sem autorização prévia da reitoria; tomar medidas administrativas e legais para apurar as responsabilidades dos envolvidos no episódio; encaminhar relatório ao Ministério da Educação, Ministério da Justiça e Secretaria de Direitos Humanos sobre os excessos cometidos; estabelecer um calendário para a discussão de políticas de segurança com a comunidade universitária; executar um projeto de iluminação do campus; defender os direitos da UFSC e de seus alunos; e reafirmar a autonomia universitária.

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