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Conflitos entre Comando Vermelho e forças de segurança em Rondônia deixam oito mortos

Violência em Porto Velho se intensifica após operações policiais contra facção criminosa; Força Nacional foi mobilizada

Em Rondônia, mais de 20 ônibus foram incendiados por membros do CV (Reprodução)

Em Rondônia, mais de 20 ônibus foram incendiados por membros do CV (Reprodução)

Agência o Globo
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Publicado em 16 de janeiro de 2025 às 14h43.

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Os embates entre o Comando Vermelho (CV) e as forças de segurança de Rondônia chegaram ao quarto dia nesta quinta-feira, 16. Na quarta-feira, quando os conflitos deixaram um total de oito mortos, as autoridades locais receberam o reforço da Força Nacional, enviada pelo Ministério da Justiça após uma solicitação do governador Marcos Rocha.

Nesta quarta-feira, terceiro dia de ataques e confrontos, ao menos oito pessoas foram mortas. De acordo com a Rede Amazônica, a maior parte das vítimas eram pedestres e pessoas que circulavam pelas ruas da capital. Um total de 14 moradores da Zona Leste de Porto Velho foram baleados, dos quais seis não resistiram aos ferimentos. Outros dois suspeitos morreram em confronto com as autoridades.

Reforços chegam a Rondônia

Enviada pelo Ministério da Justiça, a Força Nacional foi mobilizada por 90 dias para atuar em Rondônia. Além disso, a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso disponibilizou um helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) para apoiar as operações policiais na capital. Estados vizinhos, como Amazonas e Acre, também enviaram reforços para ajudar no combate à violência.

Nas redes sociais, a Polícia Civil de Rondônia divulgou imagens de foragidos da Justiça apontados como lideranças do CV, intensificando os esforços para capturá-los.

Origem dos conflitos e ações policiais

O conflito teve início na última segunda-feira, após uma série de operações da Polícia Militar (PM) contra a facção criminosa no conjunto habitacional Orgulho do Madeira. No dia 8 de janeiro, uma dessas ações policiais resultou na morte de um dos chefes do CV no estado.

A situação escalou no domingo (14), quando o cabo Fábio Martins foi assassinado com seis tiros na cabeça no mesmo conjunto habitacional onde morava. A PM afirmou que o homicídio foi uma retaliação do CV. No mesmo dia, criminosos tentaram explodir um totem de segurança na área. Dias antes, na sexta-feira, uma viatura da PM foi atacada a tiros no local.

Operação Aliança Pela Vida: Moradia Segura II

Na segunda-feira, a Polícia Militar iniciou a Operação Aliança Pela Vida, Moradia Segura II, com o objetivo de ocupar o conjunto habitacional Orgulho do Madeira. Durante a operação, os policiais foram recebidos com tiros disparados por criminosos.

Os ataques se intensificaram, com criminosos incendiando ônibus em Porto Velho. Até o momento, mais de 20 veículos foram queimados, elevando a tensão na capital de Rondônia.

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