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Comprar no semáforo com cartão? Agora dá

Ambulante da capital paulista abriu firma e anda, junto com suas bugigangas, para lá e para cá com uma máquina que aceita pagamento em débito e crédito


	"Por causa dos assaltos, ninguém mais anda com dinheiro", atesta o ambulante Juarez Nascimento. Ele tem firma e CNPJ
 (Scott Olson/Getty Images)

"Por causa dos assaltos, ninguém mais anda com dinheiro", atesta o ambulante Juarez Nascimento. Ele tem firma e CNPJ (Scott Olson/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2012 às 11h57.

São Paulo - Quem quer comprar carregador, capa de celular, suporte para GPS e outras bugigangas entre a abertura e o fechamento do semáforo já tem como opção de pagamento até cartões de débito e crédito. O ambulante Juarez Nascimento, de 21 anos, abriu firma, CNPJ e conta empresarial para oferecer essa comodidade aos clientes, enquanto se espreme com máquina atravessada no peito entre retrovisores no cruzamento da Avenida Vereador José Diniz com a Rua Doutor Jesuíno Maciel, no Campo Belo, zona sul de São Paulo.

Mais que um "pioneiro" na modalidade "cartão no semáforo", Nascimento foi pragmático. "Por causa dos assaltos, ninguém mais anda com dinheiro. Com a maquininha, o cliente não tem desculpa se quiser comprar alguma coisa", disse o ambulante, que paga R$ 110 mensais à operadora da máquina e vende até R$ 60 por dia no cartão. Ele só não parcela.

A forma de pagamento inusitada para quem está no meio do trânsito divide a opinião dos motoristas. "Acho que compraria, porque não é a primeira vez que o vejo por aqui, já o conheço", disse o supervisor de segurança Daniel Rodrigues, de 43 anos.

A facilidade não atrai o empresário Wagner Pisciottano, de 50 anos. "Eu teria medo de ele sair correndo no meio do trânsito com o meu cartão."

E se o sinal abrir no meio da transação? "Eu peço para o cliente parar do outro lado, que vou buscar", explica Nascimento. E qual a garantia de que o cartão não será clonado? "Meu nome é limpinho como seda branca, tanto que consegui abrir a conta e registrar a máquina. Estou aqui para trabalhar. Quem garante que em uma loja bacana o cartão não será clonado? Nunca tive problema com ninguém." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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