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Como os casamentos mudaram nas últimas décadas no Brasil

Pesquisa Estatísticas do Registro Civil, divulgada nesta segunda-feira pelo IBGE, mostram transformações nos casamentos nos últimos 40 anos

Casamento: número de registrou caiu quase pela metade nas últimas quatro décadas (Thinkstock)

Rita Azevedo

Publicado em 30 de novembro de 2015 às 09h22.

São Paulo – O perfil dos casamentos mudou muito nas últimas décadas. E essa não é apenas uma constatação de gente saudosa. Dados da pesquisa Estatísticas do Registro Civil, divulgada nesta segunda-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ), mostram que a taxa de casamentos caiu quase pela metade nos últimos 40 anos, enquanto o número de divórcios aumentou mais de onze vezes nas últimas três décadas.

Em 1974, ano em que os casais acompanhavam pelas rádios os sucessos de Caetano Veloso e de Clara Nunes, cerca de 819 mil uniões foram registradas. Na época, a chamada taxa de nupcialidade legal, que considera casamentos de pessoas de 15 anos ou mais, era de 13 casamentos a cada 1000 habitantes.

Já em 2014, quando não faltavam selfies de apaixonados estampadas nas redes sociais, 1,1 milhão de casamentos foi registrado, o que significa 7,14 casamentos por 1000 habitantes.

Por que ter pressa?

Além de casar menos, o brasileiro passou a adiar as uniões. Na década de 1970 as mulheres casavam, em média, aos 23 anos e os homens com 27. Já em 2014, a média de idade subiu para 30 anos para as noivas e 33 para os noivos.

A união antes dos 20 anos também caiu bastante no mesmo período. Em 1974, 6,8% dos cônjuges masculinos e 35,5% dos femininos tinham entre 15 e 20 anos. No ano passado, apenas 3% dos homens e 11,6% das mulheres se enquadravam na mesma faixa etária.

Até que a morte os separe – ou antes disso

Desde 1984, quando o IBGE começou a coletar informações sobre separações, o número de divórcios aumentou de forma expressiva, passando de pouco mais de 30 mil no primeiro ano de investigação para cerca de 341 mil registros em 2014.

“A elevação sucessiva, ao longo dos anos, do número de divórcios concedidos revela uma gradual mudança de comportamento da sociedade brasileira, que passou a aceitá-lo com maior naturalidade e a acessar os serviços de Justiça de modo a formalizar as dissoluções dos casamentos”, diz a pesquisa.

Ainda segundo o IBGE, outros fatores contribuíram para a formalização do fim das uniões, como mudanças na legislação brasileira. A mais recente delas, em 2010, derrubou o prazo para se divorciar, não havendo mais a necessidade de uma separação prévia. Com isso, a taxa geral de divórcios aumentou 45,6% em apenas um ano.

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São Paulo – O perfil dos casamentos mudou muito nas últimas décadas. E essa não é apenas uma constatação de gente saudosa. Dados da pesquisa Estatísticas do Registro Civil, divulgada nesta segunda-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ), mostram que a taxa de casamentos caiu quase pela metade nos últimos 40 anos, enquanto o número de divórcios aumentou mais de onze vezes nas últimas três décadas.

Em 1974, ano em que os casais acompanhavam pelas rádios os sucessos de Caetano Veloso e de Clara Nunes, cerca de 819 mil uniões foram registradas. Na época, a chamada taxa de nupcialidade legal, que considera casamentos de pessoas de 15 anos ou mais, era de 13 casamentos a cada 1000 habitantes.

Já em 2014, quando não faltavam selfies de apaixonados estampadas nas redes sociais, 1,1 milhão de casamentos foi registrado, o que significa 7,14 casamentos por 1000 habitantes.

Por que ter pressa?

Além de casar menos, o brasileiro passou a adiar as uniões. Na década de 1970 as mulheres casavam, em média, aos 23 anos e os homens com 27. Já em 2014, a média de idade subiu para 30 anos para as noivas e 33 para os noivos.

A união antes dos 20 anos também caiu bastante no mesmo período. Em 1974, 6,8% dos cônjuges masculinos e 35,5% dos femininos tinham entre 15 e 20 anos. No ano passado, apenas 3% dos homens e 11,6% das mulheres se enquadravam na mesma faixa etária.

Até que a morte os separe – ou antes disso

Desde 1984, quando o IBGE começou a coletar informações sobre separações, o número de divórcios aumentou de forma expressiva, passando de pouco mais de 30 mil no primeiro ano de investigação para cerca de 341 mil registros em 2014.

“A elevação sucessiva, ao longo dos anos, do número de divórcios concedidos revela uma gradual mudança de comportamento da sociedade brasileira, que passou a aceitá-lo com maior naturalidade e a acessar os serviços de Justiça de modo a formalizar as dissoluções dos casamentos”, diz a pesquisa.

Ainda segundo o IBGE, outros fatores contribuíram para a formalização do fim das uniões, como mudanças na legislação brasileira. A mais recente delas, em 2010, derrubou o prazo para se divorciar, não havendo mais a necessidade de uma separação prévia. Com isso, a taxa geral de divórcios aumentou 45,6% em apenas um ano.

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