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Como calcular a nota do Enem 2017

Para mais de 6,7 milhões, é a chance de garantir uma vaga em diversas instituições de ensino superior e de acessar programas de financiamento e de bolsas.

Enem: professor de Matemática Gabriel Miranda, do Descomplica, disse que a prova da disciplina deste ano estava mais simples do que a do ano passado (Ricardo Matsukawa/VEJA)

Mariana Fonseca

Publicado em 5 de novembro de 2017 às 11h52.

Última atualização em 18 de janeiro de 2018 às 12h18.

São Paulo - O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2017 acontece neste domingo (05) e no próximo (12), a partir das 13h30.

Para mais de 6,7 milhões de pessoas, é a chance de garantir uma vaga em diversas instituições de ensino superior e de acessar programas de financiamento, como o Fies, e de bolsas, como oPrograma Universidade para Todos (ProUni). A divulgação do gabarito ocorrerá no dia 16 de novembro e, em janeiro de 2018, divulgam-se os resultados individuais.

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Hoje, os participantes farão um exame com 5h30 de duração, com os temas "Linguagens, Códigos e suas Tecnologias", "Ciências Humanas e suas Tecnologias" e "Redação". No domingo seguinte, farão as provas de "Ciências da Natureza e suas Tecnologias" e "Matemática e suas Tecnologias" em até 4h30.

A prova do Enem não é corrigida apenas verificando o gabarito, como ocorre em outros vestibulares tradicionais: o exame possui seu próprio método de avaliação das respostas objetivas, chamado de Teoria de Resposta ao Item (TRI).

Veja, a seguir, como funciona o cálculo da nota do Enem 2017:

Cálculo da nota do Enem 2017: provas de conhecimento

Algumas orientações preliminares, tiradas do edital público referente ao Exame Nacional do Ensino Médio: o participante deve transcrever a frase que se encontra na capa do seu caderno de questões e somente serão consideradas as respostas marcadas no Cartão-Resposta, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente, sem emendas ou rasuras. Rascunhos não serão avaliados.

O cálculo das "proficiências" dos participantes é feito a partir de suas respostas às questões de múltipla escolha, mas analisadas sob a ótica da Teoria de Resposta ao Item (TRI). Apenas a área de Redação não passa por essa metodologia.

Como explica o portal Guia do Estudante, o aluno deverá traçar uma régua imaginária, que vai de zero a 1000. Ná régua, são colocadas todas as questões por seu grau de dificuldade. As mais fáceis ficam para baixo de 500; as médias, por volta de 500; as mais difíceis, para cima: 600, 700, 800.

Durante a prova, as respostas às questões vão definindo o grau de conhecimento de cada aluno. As 45 questões de cada área são compostas equilibrando o grau de dificuldade das questões – fáceis, médias e difíceis.

Na nota final, calculada por computador, o Enem considera a consistência das respostas. Dois alunos com cinco questões certas em Matemática, por exemplo, podem ter notas diferentes.

O que acertou as cinco mais fáceis terá uma nota maior, pois seu desempenho é coerente. O outro, que errou questões fáceis e acertou outras difíceis, terá a sua nota reduzida, já que sua proficiência foi pequena (cinco questões em 45): a TRI entenderá o acerto nas questões difíceis como “chute” e reduzirá o valor do item certo. É por isso que se diz que o Exame Nacional do Ensino Médio "pune o chute" dos alunos.

Cálculo da nota do Enem 2017: redação

Já a prova de Redação não usa a TRI para avaliar os candidatos. Somente serão consideradas para efeito de correção as redações transcritas para a Folha de Redação, tal como ocorre com as questões de múltipla escolha no Cartão-Resposta.

A nota da redação vai de zero a mil pontos. Segundo o edital público, a redação será corrigida por dois corretores de forma independente.

Cada um deles atribuirá uma nota entre 0 (zero) e 200 (duzentos) pontos para cada uma das cinco competências: demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa; compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa; selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista; demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação; e elaborar proposta de intervenção para o problema abordado.

A nota total de cada corretor corresponde à soma das notas atribuídas a cada uma das competências. Caso não haja discrepância entre os dois corretores, a nota final do participante será a média aritmética das notas totais atribuídas pelos dois corretores.

Considera-se que há discrepância entre dois corretores se suas notas totais diferirem por mais de 100 (cem) pontos ou se a diferença de suas notas em qualquer uma das competências for superior a 80 (oitenta) pontos. Nesse caso, haverá recurso de ofício automático e a redação será corrigida, de forma independente, por um terceiro corretor.

Caso não haja discrepância entre o terceiro corretor e os outros dois corretores ou caso haja discrepância entre o terceiro  corretor e apenas um dos corretores, a nota final será a média aritmética entre as duas notas totais que mais se aproximarem, sendo descartadas as demais notas.

Sendo a nota total do terceiro corretor equidistante das notas totais atribuídas pelos outros dois corretores ou caso o terceiro corretor apresente discrepância com os outros dois corretores, a redação será corrigida por uma banca composta por três corretores, que atribuirá a nota final, sendo descartadas as notas anteriores.

A redação poderá ser zerada se não atender à proposta solicitada ou possuir outra estrutura textual que não seja a estrutura dissertativo-argumentativa, o que configurará "Fuga ao tema/não atendimento à estrutura dissertativo-argumentativa"; se não apresentar texto escrito na Folha de Redação, que será considerada "Em Branco"; se apresentar até sete linhas, qualquer que seja o conteúdo, que configurará "Texto insuficiente", sendo que as linhas com cópia dos textos motivadores apresentados no Caderno de Questões serão desconsideradas para efeito de correção e de contagem do mínimo de linhas; se apresentar impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação, que será considerada "Anulada"; e se houver parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto, que será considerada "Anulada".

Ontem, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, negou os pedidos de liminar feitos pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pela Advocacia-Geral da União (AGU), que queriam permitir a anulação das redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que desrespeitem direitos humanos. Ferir os direitos humanos anulou 0,08% das redações do Enem 2016.

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