Hipótese de impeachment assusta imprensa estrangeira
A grande maioria dos veículos de imprensa internacionais não não é favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff
Valéria Bretas
Publicado em 19 de agosto de 2015 às 11h55.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h35.
São Paulo – Do The New York Times ao Financial Times : nos últimos dias, uma série de publicações estrangeiras se colocaram contra a abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff , que enfrenta uma severa crise de reputação e governabilidade no país. Para as publicações, tirar a petista do poder - sem argumentos contundentes- poderia colocar em risco a democracia nacional. Veja como gringos encaram a crise política do país.
Em seu editorial, o jornal americano destaca a onda de corrupção que envolve executivos e políticos brasileiros e o pífio índice de popularidade da presidente Dilma Rousseff, dez meses após sua reeleição. Apesar da turbulência política, a publicação pondera que as instituições democráticas do país não perderam a sua força – afinal, foram executadas as prisões dos empreiteiros, ex-executivos da Petrobras e do presidente da Eletronuclear. O The New York Times afirma que, mesmo antes de se tornar presidente, Dilma não fez nenhum tipo de esforço para restringir as investigações contra a estatal. “Pelo contrário, ela tem enfatizado repetidamente que ninguém está acima de lei”.
O artigo encerra dizendo que a solução não está em apostar em um plano que debilite a democracia do país - princípio essencial para um novo governo honesto. Por isso, para a publicação, sem provas concretas da participação de Dilma Rousseff em ações ilegais, a ideia de impeachment pode conspirar contra o sistema democrático nacional.
O artigo encerra dizendo que a solução não está em apostar em um plano que debilite a democracia do país - princípio essencial para um novo governo honesto. Por isso, para a publicação, sem provas concretas da participação de Dilma Rousseff em ações ilegais, a ideia de impeachment pode conspirar contra o sistema democrático nacional.
O jornal britânico abre o editorial com uma breve descrição sobre os escândalos de corrupção da Petrobras e de como a presidente poderia ser ao menos culpada de grande incompetência, já que muito do que foi descoberto aconteceu enquanto presidia o Conselho de Administração da estatal.
O artigo recorda que as investigações, no entanto, ainda não encontraram fatos que pesem contra a presidente. Porém, mesmo diante da hipótese de que o avanço da Operação Lava Jato atinja Dilma Rousseff e haja argumentos sólidos para um pedido de impeachment, seria necessário o apoio de mais da metade do Congresso. “Esse suporte não existe, pois os políticos, que também são corruptos, estão relutantes para puxar o gatilho. Enquanto isso, o partido de centro-direita de oposição, PSDB, parece feliz em ver em agonia, a senhora Rousseff”. diz o texto.
O artigo recorda que as investigações, no entanto, ainda não encontraram fatos que pesem contra a presidente. Porém, mesmo diante da hipótese de que o avanço da Operação Lava Jato atinja Dilma Rousseff e haja argumentos sólidos para um pedido de impeachment, seria necessário o apoio de mais da metade do Congresso. “Esse suporte não existe, pois os políticos, que também são corruptos, estão relutantes para puxar o gatilho. Enquanto isso, o partido de centro-direita de oposição, PSDB, parece feliz em ver em agonia, a senhora Rousseff”. diz o texto.
A CNN analisa que os protestos deste domingo evidenciam uma certa ‘confusão’, pois os manifestantes pareciam em desacordo sobre o que protestar exatamente – alguns pediam a renúncia de Dilma, alguns o seu impeachment e outros, novas eleições.
“A renúncia ou o impeachment de Dilma são cenários improváveis, e os protestos contra a presidente e o seu partido não oferecem soluções para o atual cenário de crise de corrupção ou para a continuidade dos problemas sociais e desigualdade econômica. O que os protestos destacam, porém, é a permanência de uma democracia vibrante no país”, encerra o artigo de opinião do veículo.
“A renúncia ou o impeachment de Dilma são cenários improváveis, e os protestos contra a presidente e o seu partido não oferecem soluções para o atual cenário de crise de corrupção ou para a continuidade dos problemas sociais e desigualdade econômica. O que os protestos destacam, porém, é a permanência de uma democracia vibrante no país”, encerra o artigo de opinião do veículo.
A revista Christian Science Monitor diz que grandes protestos populares são, em sua maioria, elogiados e vistos como um sinal positivo no Brasil – que sofreu durante 21 anos com o um regime ditatorial.
Porém, o artigo destaca que um novo impeachment pode enfraquecer a democracia do país. “A crescente pressão sobre Rousseff e sua aclamada destituição estão levantando preocupações sobre o potencial de agitação política e da força democrática do Brasil que vigora há 30 anos”, diz o texto. A revista também exalta o trabalho das principais instituições do Brasil - Polícia Federal e Ministério Público – que tem melhorado, segundo o texto. “Mas uma tentativa de impeachment que não está fundamentada em irregularidades legais pode trazer consequências de longo prazo”, conclui.
Porém, o artigo destaca que um novo impeachment pode enfraquecer a democracia do país. “A crescente pressão sobre Rousseff e sua aclamada destituição estão levantando preocupações sobre o potencial de agitação política e da força democrática do Brasil que vigora há 30 anos”, diz o texto. A revista também exalta o trabalho das principais instituições do Brasil - Polícia Federal e Ministério Público – que tem melhorado, segundo o texto. “Mas uma tentativa de impeachment que não está fundamentada em irregularidades legais pode trazer consequências de longo prazo”, conclui.
A agência de notícias americana abre seu texto citando as ocorrências de corrupção e incompetência do governo brasileiro que, mais uma vez, coloca a população nas ruas e praças centrais de todo o país para protestar contra a presidente Dilma Rousseff.
O texto não aponta ser favorável, ou não, ao impeachment. Porém, resgata questões sobre sua baixa popularidade, reeleição apertada e resultado negativo da economia. “Em 2015, a economia brasileira está prevista para deixar o seu pior desempenho em 25 anos em meio as ondas de corrupção envolvendo políticos e altos executivos”, afirma.
O texto não aponta ser favorável, ou não, ao impeachment. Porém, resgata questões sobre sua baixa popularidade, reeleição apertada e resultado negativo da economia. “Em 2015, a economia brasileira está prevista para deixar o seu pior desempenho em 25 anos em meio as ondas de corrupção envolvendo políticos e altos executivos”, afirma.
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