Eduardo Cunha: veículos estrangeiros afirmaram que cassação foi mais um capítulo da tumultuada crise política do Brasil (Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2016 às 11h29.
São Paulo – Os jornais estrangeiros repercutiram a cassação de Eduardo Cunha nesta terça-feira, 13. Publicações de todo o mundo ressaltaram que esse foi mais um capítulo da tumultuada crise política e dos escândalos de corrupção que assolam o Brasil.
Após quatro horas de sessão na Câmara, 450 deputados votaram para que Cunha fosse cassado ante 10 parlamentares contrários e 9 abstenções. Com a deposição do cargo, ele perdeu o foro privilegiado e, consequentemente, a prerrogativa de ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal.
Veja como as publicações estrangeiras avaliaram a votação:
New York Times
O New York Times afirmou que a votação foi “esmagadora” e reflete como a “classe política do país continua no meio de “colossais” escândalos de corrupção”.
O jornal disse ainda que Cunha enfrenta uma série de acusações de corrupção, “fazendo-o símbolo da generalizada corrupção e impunidade do sistema político brasileiro”. Também ressaltou que o ex-deputado era o “principal aliado” de Temer no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
BBC
O site da rede britânica BBC disse que a votação foi “crítica para a credibilidade do Congresso e todos os olhos vão se voltar para o que Cunha fará a partir de agora”.
A publicação citou as acusações de corrupção em que Cunha está envolvido e o definiu como o “arquiteto do impeachment” de Dilma.
Le Monde
O Le Monde, da França, afirmou que a Câmara “não teve misericórdia de um homem que se tornou insustentável” e que o ex-deputado já começou a sessão como um “cadáver político”. O jornal usou ainda uma frase dita pelo próprio Cunha para definir o que foi a votação: “quem assume o papel de juiz hoje deve saber que amanhã pode ser julgado”.
La Nación
Já o jornal argentino La Nación afirmou que “destituíram o ‘Frank Underwood brasileiro’”, em referência ao personagem da série House of Cards, que planeja uma tomada do poder para assumir a presidência dos EUA. A publicação disse que a votação é uma “nova página da crise política que golpeia o gigante sul-americano”.
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