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Comitê de proprietários de Pasadena surpreende Graça

A presidente da Petrobras diz ter ficado surpresa ao descobrir que esse comitê ficava acima do conselho de administração

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 29 de março de 2014 às 16h08.

São Paulo - A presidente da Petrobras Graça Foster diz ter ficado surpresa ao descobrir que havia um comitê de proprietários de Pasadena, que ficava "acima do board (conselho de administração)". "Fui surpreendida com essa informação", afirmou em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta quarta-feira, 26. Segundo ela, a descoberta ocorreu na segunda-feira.

O ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa (que está preso) era representante da Petrobras nesse comitê, que após processo arbitral da estatal brasileira com os sócios belgas na refinaria, em 2008, deixou de existir.

A respeito do comitê de proprietários, ainda não se sabe qual era sua função, e a Petrobras vai procurar "os estatutos, as atribuições, o poder e onde estão as atas", disse Graça Foster. "Não fica pedra sobre pedra", afirmou a executiva, completando que não aceita "de jeito nenhum (...) que me venha um comitê que eu não saiba".

Para apurar os detalhes sobre a negociação da refinaria do Texas (EUA), a Petrobras instaurou comissão de apuração interna. De acordo com Graça Foster, a companhia terá até 45 dias para se manifestar "sobre uma série de processos que já estavam em avaliação de forma administrativa".

Quanto ao resumo executivo referente a Pasadena, que não traz a cláusula de rentabilidade para a belga Astra nem a "Put", que fez a Petrobras comprar a parte do sócio, Graça Foster frisou que "cláusulas contratuais precisam ser avaliadas, sim, e explicitadas em algum nível ao conselho."

Ainda na entrevista, a presidente da Petrobras evitou comentar se as denúncias têm cunho político e admitiu que não foi feita auditoria na refinaria Abreu e Lima, envolvida em suspeitas de superfaturamento. "Não há materialidade hoje que justifique isso".

Em 2005, a empresa belga Astra Oil comprou a refinaria de Pasadena por US$ 42,5 milhões. No ano seguinte, a Petrobras adquiriu 50% do ativo por US$ 360 milhões. Em 2012, após disputa judicial, a companhia teve de comprar o restante da refinaria, num desembolso total de US$ 1,18 bilhão.

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São Paulo - A presidente da Petrobras Graça Foster diz ter ficado surpresa ao descobrir que havia um comitê de proprietários de Pasadena, que ficava "acima do board (conselho de administração)". "Fui surpreendida com essa informação", afirmou em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta quarta-feira, 26. Segundo ela, a descoberta ocorreu na segunda-feira.

O ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa (que está preso) era representante da Petrobras nesse comitê, que após processo arbitral da estatal brasileira com os sócios belgas na refinaria, em 2008, deixou de existir.

A respeito do comitê de proprietários, ainda não se sabe qual era sua função, e a Petrobras vai procurar "os estatutos, as atribuições, o poder e onde estão as atas", disse Graça Foster. "Não fica pedra sobre pedra", afirmou a executiva, completando que não aceita "de jeito nenhum (...) que me venha um comitê que eu não saiba".

Para apurar os detalhes sobre a negociação da refinaria do Texas (EUA), a Petrobras instaurou comissão de apuração interna. De acordo com Graça Foster, a companhia terá até 45 dias para se manifestar "sobre uma série de processos que já estavam em avaliação de forma administrativa".

Quanto ao resumo executivo referente a Pasadena, que não traz a cláusula de rentabilidade para a belga Astra nem a "Put", que fez a Petrobras comprar a parte do sócio, Graça Foster frisou que "cláusulas contratuais precisam ser avaliadas, sim, e explicitadas em algum nível ao conselho."

Ainda na entrevista, a presidente da Petrobras evitou comentar se as denúncias têm cunho político e admitiu que não foi feita auditoria na refinaria Abreu e Lima, envolvida em suspeitas de superfaturamento. "Não há materialidade hoje que justifique isso".

Em 2005, a empresa belga Astra Oil comprou a refinaria de Pasadena por US$ 42,5 milhões. No ano seguinte, a Petrobras adquiriu 50% do ativo por US$ 360 milhões. Em 2012, após disputa judicial, a companhia teve de comprar o restante da refinaria, num desembolso total de US$ 1,18 bilhão.

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