Brasil

Comissão quer que autoridade expliquem espionagem

Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou requerimentos para que autoridades expliquem as suspeitas de que o País também se tornou alvo dos EUA

Ministros se reúnem para analisar as ações a serem adotadas em relação às denúncias de existência de um esquema de espionagem (Marcello Casal Jr./ABr)

Ministros se reúnem para analisar as ações a serem adotadas em relação às denúncias de existência de um esquema de espionagem (Marcello Casal Jr./ABr)

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Da Redação

Publicado em 9 de julho de 2013 às 20h06.

Brasília - A Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou nesta terça-feira requerimentos de convite a autoridades do Brasil e estrangeiras para que expliquem as suspeitas de que o País também se tornou alvo de espionagem dos Estados Unidos. Reportagens do jornal "O Globo" destas segunda, 8, e terça-feiras sustentam, com base em documentos vazados pelo ex-técnico da Agência Central de Inteligência (CIA-Central Intelligence Agency) Edward Snowden, que e-mails e telefonemas de brasileiros foram monitorados, bem como uma base de espionagem em Brasília teria sido montada pelos EUA.

Foram aprovados pedidos, em votação simbólica, para ouvir os ministros da Defesa, Celso Amorim, das Relações Exteriores, Antônio Patriota, das Comunicações, Paulo Bernardo, e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general José Elito, o embaixador norte-americano no Brasil, Thomas Shannon, e o jornalista Glenn Greenwald, radicado no Rio, que recebeu os documentos secretos de Snowden. Os senadores também decidiram colher os depoimentos do presidente da Google, Fábio Coelho, e do Facebook no Brasil, Alexandre Hohagen. O líder do Psol no Senado, Randolfe Rodrigues (AP), defendeu, inicialmente, que o convite para os ministros seja transformado em convocação.

Regimentalmente, no caso do convite, fica a critério da autoridade marcar o dia que comparecerá à comissão. No caso da convocação, a pessoa é obrigada a vir em até 30 dias. Os senadores argumentaram com Rodrigues que as autoridades devem comparecer à comissão até a quinta-feira, 11, e, se fosse aprovada a convocação, eles teriam mais um mês para marcar a data. "A situação é tão grave que todos vão vir", acredita o presidente da comissão, Ricardo Ferraço (PMDB-ES).

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