Verônica Bolina, de 25 anos, agredida em delegacia de SP: ela teria sido espancada, teve seus cabelos cortados e foi humilhada, tendo seios e nádegas expostos (Reprodução/@vevebolina)
Da Redação
Publicado em 17 de abril de 2015 às 16h24.
Brasília - O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (PT-RS), encaminhou nesta sexta-feira, 17, pedido de informações ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e ao procurador-geral do Ministério Público paulista, Márcio Elias Rosa, sobre o caso de abuso de autoridade contra a travesti Verônica Bolina, de 25 anos.
Verônica foi presa por suspeita de tentativa de homicídio contra uma vizinha idosa e levada ao 2º Distrito Policial, no Bom Retiro, região central da capital paulista.
A vítima teria sido espancada, teve seus cabelos cortados e foi humilhada, tendo seios e nádegas expostos.
Em ofício, Pimenta disse que a comissão pretende acompanhar a apuração sobre os crimes de tortura, agressão, racismo e homofobia supostamente praticados por policiais contra Verônica, cujo nome civil é Charleston Alves Francisco.
Pimenta solicita informações sobre as providências tomadas pelo governo paulista e pelo Ministério Público no caso.
O regimento interno da Câmara determina à Comissão de Direitos Humanos investigar denúncias de ameaça ou violação de direitos humanos.
Verônica foi presa na sexta-feira, 10, por suspeita de tentar assassinar uma vizinha.
No domingo, 12, a travesti teria se envolvido em uma briga com outros presos e foi acusada de arrancar, a dentadas, a orelha de um carcereiro.
"Nenhum ato que tenha sido praticado pela vítima, em legítima defesa ou não, tem o condão de justificar tamanha violência policial", diz o parlamentar no ofício.