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Comissão envia ao Senado documento crítico à reforma trabalhista

O documento, assinado por 17 dos 27 membros do TST, traz considerações jurídicas feitas com base em um estudo elaborado pelo grupo

Eunício Oliveira: o documento foi entregue ao presidente do Senado (Agência Brasil/Agência Brasil)

Eunício Oliveira: o documento foi entregue ao presidente do Senado (Agência Brasil/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 25 de maio de 2017 às 14h49.

Uma comissão de ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST) entregou hoje (25) ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), um documento de seis páginas com críticas à proposta de reforma trabalhista em tramitação na Casa.

Segundo o ministro Maurício Godinho Delgado, o documento, assinado por 17 dos 27 membros do TST, traz considerações jurídicas feitas com base em um estudo elaborado por esse grupo de ministros.

"Trouxemos um documento técnico, de colaboração para o trabalho do Senado que aponta no direito individual do trabalho uma série de medidas que reduzem imediatamente e também a médio prazo uma série de direitos consagrados na legislação atual", afirmou o magistrado.

Na avaliação da maioria dos ministros do TST, a proposta em discussão, já aprovada pela Câmara dos Deputados, " desestimula ou fecha de maneira muito forte" o acesso de pessoas simples e pobres do país à jurisdição. Outra crítica contida no documento é que o texto da reforma "retira direitos, aumenta desproporcionalmente o poder empresarial e do empregador nas relações de emprego, além de desvirtuar a negociação coletiva trabalhista e enfraquecer o sindicalismo no país".

Para o ministro Godinho, o projeto também retira direitos na negociação coletiva trabalhista. "Em vez de a negociação coletiva trabalhista ser um instrumento de elevação das condições de trabalho na vida social, passa a ser um instrumento de piora das condições de trabalho, naturalmente que isso fere toda a história do direito do trabalho", disse.

O governo trabalha para aprovar a reforma no Congresso e argumenta que as mudanças vão modernizar as relações de trabalho e gerar mais empregos no país.

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