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Comissão defende melhoria na identificação de corpos

A Comissão Municipal da Verdade, durante inspeção em cemitério, disse que vai propor ação para melhorar a situação de sepultamentos


	Cemitério em São Paulo: MP avalia possíveis irregularidades no enterro de cadáveres
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Cemitério em São Paulo: MP avalia possíveis irregularidades no enterro de cadáveres (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2014 às 14h40.

São Paulo - A Comissão Municipal da Verdade Vladimir Herzog fez hoje (24) uma inspeção nas instalações do Cemitério Dom Bosco, em Perus, que é conhecido por ser usado para sepultamento de indigentes e de corpos de pessoas supostamente sem documentos.

A visita ocorreu porque a comissão envolveu-se na investigação em que o Ministério Público do Estado de São Paulo avalia possíveis irregularidades no enterro de cadáveres sob responsabilidade do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) e do Instituto Médico Legal (IML).

Segundo as investigações do Ministério Público, existem suspeitas de que mortos identificados estejam sendo sepultados como indigentes e de venda de órgãos e tecidos humanos desses corpos.

De acordo com o presidente da Comissão da Verdade Vladimir Herzog, Gilberto Natalini, o que se viu no cemitério foi uma vala na qual são enterradas corpos não identificados e um ossário com restos mortais também sem identificação.

“Foi a constatação de uma situação difícil, de descaso com os mortos. Os corpos que passam pelo SVO e IML muitas vezes são enterrados como indigentes, mesmo que tenham documentos. Ou seja, não há comunicação com as famílias. Os ossos são misturados e desprezados de forma confusa e primária”, disse Natalini.

Ele informou que a comissão proporá uma atividade conjunta com todas as instituições envolvidas no assunto para discutir uma maneira de melhorar a situação.

“É preciso um serviço integrado e informatizado que dê publicidade a quem morreu e que propicie à família a oportunidade de procurar o corpo e os restos mortais. Proponho um site no qual conste o nome de todos, com identificação por impressão digital e foto”, explicou.

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