Comissão de Ética não julgará viagem de Dilma a Lisboa
Presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República provocou líder do PSDB na Câmara dos Deputados, autor da representação contra Dilma
Da Redação
Publicado em 29 de janeiro de 2014 às 14h50.
Brasília - O presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, Américo Lacombe, disse nesta quarta-feira, 29, que o órgão não tem competência para julgar a viagem da presidente Dilma Rousseff a Lisboa no último sábado, revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Lacombe provocou o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio (SP), autor da representação contra Dilma, afirmando que o regulamento da comissão foi criado no governo FHC.
"Qual é o problema em ir pra Lisboa? Desde que ela pague a conta dela, não tem problema nenhum", disse Lacombe, ao deixar reunião, referindo-se ao jantar da presidente em um badalado restaurante da capital portuguesa.
Em entrevista concedida a jornalistas na terça-feira a presidente defendeu a parada técnica em Lisboa e diz que escolhe o restaurante que for porque paga a sua conta.
"O problema de ter jantado também não é problema nenhum, desde que eles paguem. Eles disseram, o ministro de Relações Exteriores falou isso na televisão, a presidenta falou isso, cada um pagou a sua conta. Então, não é problema nosso, não é problema do contribuinte", afirmou Lacombe.
"Eu indeferi liminarmente a representação contra ela porque nós não temos competência para julgar nem o presidente nem vice, só ministro de Estado pra baixo. Tá na lei e não tem como. Quem fez o regulamento não foi o presidente Lula, foi o presidente Fernando Henrique Cardoso. Se o deputado quiser, que vá se queixar com o líder do partido dele", disparou o presidente da Comissão de Ética Pública.
Segundo Lacombe, a decisão de descartar a investigação sobre a viagem de Dilma a Lisboa acabou sendo tomada por unanimidade pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República.
O PSDB na Câmara dos Deputados protocolou na terça-feira, 28, representações contra a presidente Dilma Rousseff na Procuradoria-Geral da República e na Comissão de Ética da Presidência em razão da passagem de sua comitiva por Lisboa, no último sábado, mesmo sem compromissos oficiais.
Nos documentos, o líder do partido na Casa, Carlos Sampaio (SP), argumenta que a permanência de Dilma e de seus ministros e assessores na capital portuguesa não teve "nenhum interesse público" e pode ter sido "um ato de deleite privado pago com o dinheiro dos impostos que sustentam o patrimônio público".
"Quem quer se queixar contra a presidente da República, vá se queixar no Senado, que é quem julga os crimes de responsabilidade dela, ou ao STF. Isso aí não é problema dessa comissão", afirmou Lacombe.
Segundo reportagem, o governo português já havia sido informado da viagem de Dilma a Lisboa com antecedência, contrariando a versão oficial de que o deslocamento a Lisboa foi decidido no dia da partida de Zurique.
Questionado sobre a falta de transparência na agenda da presidente Dilma Rousseff, Lacombe respondeu: "E será que essa viagem não surgiu de repente? Não foi uma necessidade? Não vejo nisso (na falta de divulgação) problema nenhum."
Brasília - O presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, Américo Lacombe, disse nesta quarta-feira, 29, que o órgão não tem competência para julgar a viagem da presidente Dilma Rousseff a Lisboa no último sábado, revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Lacombe provocou o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio (SP), autor da representação contra Dilma, afirmando que o regulamento da comissão foi criado no governo FHC.
"Qual é o problema em ir pra Lisboa? Desde que ela pague a conta dela, não tem problema nenhum", disse Lacombe, ao deixar reunião, referindo-se ao jantar da presidente em um badalado restaurante da capital portuguesa.
Em entrevista concedida a jornalistas na terça-feira a presidente defendeu a parada técnica em Lisboa e diz que escolhe o restaurante que for porque paga a sua conta.
"O problema de ter jantado também não é problema nenhum, desde que eles paguem. Eles disseram, o ministro de Relações Exteriores falou isso na televisão, a presidenta falou isso, cada um pagou a sua conta. Então, não é problema nosso, não é problema do contribuinte", afirmou Lacombe.
"Eu indeferi liminarmente a representação contra ela porque nós não temos competência para julgar nem o presidente nem vice, só ministro de Estado pra baixo. Tá na lei e não tem como. Quem fez o regulamento não foi o presidente Lula, foi o presidente Fernando Henrique Cardoso. Se o deputado quiser, que vá se queixar com o líder do partido dele", disparou o presidente da Comissão de Ética Pública.
Segundo Lacombe, a decisão de descartar a investigação sobre a viagem de Dilma a Lisboa acabou sendo tomada por unanimidade pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República.
O PSDB na Câmara dos Deputados protocolou na terça-feira, 28, representações contra a presidente Dilma Rousseff na Procuradoria-Geral da República e na Comissão de Ética da Presidência em razão da passagem de sua comitiva por Lisboa, no último sábado, mesmo sem compromissos oficiais.
Nos documentos, o líder do partido na Casa, Carlos Sampaio (SP), argumenta que a permanência de Dilma e de seus ministros e assessores na capital portuguesa não teve "nenhum interesse público" e pode ter sido "um ato de deleite privado pago com o dinheiro dos impostos que sustentam o patrimônio público".
"Quem quer se queixar contra a presidente da República, vá se queixar no Senado, que é quem julga os crimes de responsabilidade dela, ou ao STF. Isso aí não é problema dessa comissão", afirmou Lacombe.
Segundo reportagem, o governo português já havia sido informado da viagem de Dilma a Lisboa com antecedência, contrariando a versão oficial de que o deslocamento a Lisboa foi decidido no dia da partida de Zurique.
Questionado sobre a falta de transparência na agenda da presidente Dilma Rousseff, Lacombe respondeu: "E será que essa viagem não surgiu de repente? Não foi uma necessidade? Não vejo nisso (na falta de divulgação) problema nenhum."