Comissão de Ética abre processo contra ministro dos Transportes
Mauricio Quintella teria usado uma agência de comunicação da pasta para gerenciar suas redes sociais pessoais
Estadão Conteúdo
Publicado em 31 de julho de 2017 às 19h28.
Última atualização em 31 de julho de 2017 às 19h28.
Brasília - A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu, por maioria, abrir uma processo para investigar uma possível infração ética do ministro dos Transportes , Mauricio Quintella, sobre o suposto uso de uma agência de comunicação da pasta para gerenciar as redes sociais pessoais do ministro.
De acordo com o presidente da Comissão, Mauro Menezes, o ministro terá o prazo de dez dias para prestar esclarecimentos.
Menezes disse ainda que, se comprovada a conduta do ministro, o ato pode ser um processo administrativo "de gravidade".
"Trata-se em tese de uma conduta de gravidade e a Comissão tem que apurar", afirmou Menezes, reforçando o princípio da presunção da inocência.
O caso foi revelado pelo jornal O Globo, no último dia 23, e apontou que Quintella teria acertado pessoalmente a participação da empresa contratada com verba pública para controlar e produzir conteúdo para suas redes pessoais.
O contrato anual, de mais de R$ 6,5 milhões e renovado três vezes seguidas, não prevê qualquer gerenciamento de páginas pessoais do ministro.
À reportagem do Globo, na época, a assessoria do Ministério negou que as redes do ministro sejam controladas por outra pessoa além do próprio ministro.
O Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, enviou à assessoria do ministério um pedido de posicionamento sobre o caso e aguarda retorno.