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Começa reunião do PSDB para discutir apoio a Temer

A reunião é fechada à imprensa e conta com as presenças do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do prefeito da capital paulista, João Doria

Michel Temer: os tucanos não devem tomar nenhuma decisão na reunião de hoje (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: os tucanos não devem tomar nenhuma decisão na reunião de hoje (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de junho de 2017 às 17h39.

Brasília - Principal fiador do presidente Michel Temer no Congresso Nacional, o PSDB está reunido na tarde desta segunda-feira, 12, na sede do partido, para discutir a relação com o governo.

Comandada pelo presidente interino da sigla, senador Tasso Jereissati (CE), a reunião é fechada à imprensa e conta com as presenças do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do prefeito da capital paulista, João Doria, ambos integrantes da legenda.

Como mostrou ontem o Broadcast/Estadão, os tucanos não devem tomar nenhuma decisão sobre desembarque na reunião de hoje.

A avaliação nos bastidores é de que, após a absolvição de Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na semana passada, o PSDB deve agora esperar eventual denúncia contra o presidente que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve enviar até o fim de junho.

Alckmin, Doria e o senador afastado Aécio Neves (MG), presidente licenciado do PSDB, trabalharam durante todo o fim de semana para garantir que a legenda não tome nenhuma decisão na reunião de hoje.

A avaliação dos "aecistas" é a de que, se a sigla desembarcar, o PMDB, partido de Temer e dono da maior bancada do Congresso, trabalhará pela cassação do senador mineiro, que foi fortemente atingido pela delação da JBS.

Para auxiliares de Temer, as pretensões eleitorais de Alckmin e de Doria favorecem um entendimento deles com o Planalto neste momento.

A ambos interessaria manter Temer no cargo, ainda que com baixa popularidade, até 2018, quando um dos dois poderá ser o candidato a presidente.

No PSDB, a compreensão é de que a substituição de Temer, via eleição indireta, poderia abrir caminho para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ser candidato e permanecer no cargo de presidente, o que elevaria o cacife eleitoral do partido dele para 2018 e dificultaria um entendimento com os tucanos.

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