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Começa 2018, o ano da eleição

Um dos pleitos mais antecipados da história deve ditar o ritmo do mercado financeiro e os debates políticos desde janeiro

Eleições 2018: conheça os candidatos mais velhos desse pleito (Nelson Junior/VEJA)

Eleições 2018: conheça os candidatos mais velhos desse pleito (Nelson Junior/VEJA)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 2 de janeiro de 2018 às 06h22.

Última atualização em 2 de janeiro de 2018 às 07h05.

O ano de 2018 será marcado desde o início pelas eleições presidenciais, um dos pleitos mais antecipados da história, que deve ditar o ritmo do mercado financeiro e os debates políticos desde janeiro. O primeiro turno acontece no dia 7 de outubro, quando o eleitor escolherá um deputado federal, um estadual, dois senadores, governador e presidente da República. Será a primeira desde os impactos significativos da Operação Lava-Jato no alto escalão do poder, atingindo transversalmente os três principais partidos do país, o PT, o PMDB e o PSDB.

O ambiente transformou-se em um paradoxo entre a vontade de renovação política e a necessidade de proteção dos poderosos. Desenha-se um pleito de nomes carimbados e de novatos, de promessas populistas e com o risco de propostas extremistas ganharem força. Cientistas políticos tratam a eleição como a mais imprevisível desde 1989, que teve 22 candidatos e chegou ao segundo turno entre Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Collor de Mello.

O início deve responder duas questões primordiais. A primeira é se Lula poderá se candidatar. Com a condenação a nove anos e meio de prisão sendo revista pelo Tribunal Federal Regional da 4ª Região a partir do dia 24 de janeiro, o ex-presidente pode se tornar inelegível pela Lei da Ficha Limpa se a segunda instância confirmar sua pena. O PT pode assim apresentar outro candidato ou apoiar Ciro Gomes (PDT) e deixar a corrida pelo Planalto. Com ou sem Lula pela esquerda e com Jair Bolsonaro (ainda sem partido para o pleito) pela direita, a segunda resposta será sobre o candidato forte de centro. Geraldo Alckmin (PSDB) trabalha para se consolidar como o quanto antes. O mesmo vale para Marina Silva (Rede).

Até abril espera-se que as linhas do cenário eleitoral fiquem mais claras. Seis meses antes da eleição é o prazo máximo para a filiação partidária de candidatos. Será possível saber se nomes competitivos de fora da política podem entrar no jogo para rivalizar com os nomes postos. O apresentador Luciano Huck pediu que seu nome continue nas sondagens, mesmo depois de ter anunciado que não será candidato. O presidente Michel Temer também trabalha para fazer um sucessor, apesar de sua enorme impopularidade. Faltam 10 meses para os eleitores irem às urnas. Até lá, prepare os ouvidos, os bolsos, e o estômago.

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