Combustível começa a chegar aos postos de SP, diz Sincopetro
Presidente da Sincopetro disse também que os postos que estão recebendo combustível devem ter apoio da polícia
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de maio de 2018 às 12h20.
São Paulo - O presidente do Sindicato de Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Gouveia, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo na manhã desta terça-feira, 29, que alguns postos de São Paulo estão recebendo combustível.
Segundo ele, as entregas do combustível de 'boa qualidade' foram feitas durante a madrugada sob escolta policial.
"A entrega de combustível é mínima e não há previsão para normalizar a situação na cidade de São Paulo. 80% da entrega do combustível é feita pelos caminhões das refinarias que só conseguem sair escoltados. Os outros 20% é feito por caminhoneiros que estão em greve ou com medo de piquetes", explicou Gouveia.
O presidente da Sincopetro disse também que os postos que estão recebendo combustível devem ter apoio da polícia, porque segundo ele, há relatos de brigas, principalmente de pessoas que furam a fila. Contudo, ele ressaltou que é preciso "ter muita paciência".
Ele afirmou também que recebeu informações de que proprietários de postos de gasolina na capital têm sido ameaçados por telefone quando tentam receber e vender o combustível. "Tem gente ameaçando botar fogo no posto. É quase uma guerra", lamenta Gouveia.
O presidente do Sincopetro destacou que, quando a greve acabar de fato, a população deve esperar em média 10 dias para normalizar a situação do abastecimento de combustível.
"Nos primeiros três dias ainda se formarão longas filas, mas aos poucos a população vai se tranquilizar e ver que não terá mais a necessidade de correr para abastecer o veículo. Os postos devem levar sete dias para recuperar os estoques", disse Gouveia.