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Combate ao HIV deve ter jovens como foco, diz Unaids

Na avaliação da diretora do Unaids no Brasil, Georgiana Braga-Orillard, a juventude atual representa o núcleo de resposta para conter a doença

Na avaliação da diretora do Unaids no Brasil, Georgiana Braga-Orillard, a juventude atual representa o núcleo de resposta para conter a doença (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2014 às 07h33.

Brasília - Para combater de forma eficiente a aids no Brasil e no mundo é preciso ter estratégias que tenham como público-alvo os jovens .

Na avaliação da diretora do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) no Brasil, Georgiana Braga-Orillard, a juventude atual representa o núcleo de resposta para conter a doença.

“O jovem de hoje não viu a epidemia de 30 anos atrás. As mensagens têm que ser adaptadas – não somente à faixa etária, mas às diferenças da sociedade hoje”, disse.

Em entrevista à Agência Brasil, Georgiana destacou que é preciso desenvolver estratégias que levem o jovem a agir de forma responsável dentro de sua própria sexualidade.

Para a diretora, é preciso acabar com o que chama de hipocrisia em torno do diálogo sobre sexo e do medo de que a conversa incentive o sexo mais cedo entre os mais novos.

Outra aposta das Nações Unidas é criar uma espécie de cultura do teste rápido, fazendo com que a testagem passe a ser um hábito e não uma medida a ser tomada apenas após a exposição a uma situação de risco.

“Tive a oportunidade de, recentemente, conversar com vários jovens que se infectaram neste último ano. A sensação é que eles não achavam que o problema era com eles. Não se achavam vulneráveis e não achavam que tinham ficado expostos”.

A estimativa do Unaids é que mais de 720 mil pessoas vivem com HIV no Brasil. Dessas, cerca de 150 mil não sabem que são soropositivas.

Um recorte por faixa etária está previsto para ser divulgado em 2015, mas um relatório de agosto deste ano aponta aumento de 11% nos novos casos registrados no país – a maioria entre homossexuais e muitos deles jovens.

“Passei 15 anos fora do Brasil. Voltei no ano passado e me assustei ao não ver mais a aids nos jornais. Fala-se muito da parte clínica, dos avanços. Mas a aids não tem mais rosto. E essa personificação da mensagem é importante”, disse.

“As pessoas estão cada vez menos confortáveis para conversar sobre a sua sexualidade e isso pode gerar grandes consequências”, concluiu.

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Na avaliação da diretora do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) no Brasil, Georgiana Braga-Orillard, a juventude atual representa o núcleo de resposta para conter a doença.

“O jovem de hoje não viu a epidemia de 30 anos atrás. As mensagens têm que ser adaptadas – não somente à faixa etária, mas às diferenças da sociedade hoje”, disse.

Em entrevista à Agência Brasil, Georgiana destacou que é preciso desenvolver estratégias que levem o jovem a agir de forma responsável dentro de sua própria sexualidade.

Para a diretora, é preciso acabar com o que chama de hipocrisia em torno do diálogo sobre sexo e do medo de que a conversa incentive o sexo mais cedo entre os mais novos.

Outra aposta das Nações Unidas é criar uma espécie de cultura do teste rápido, fazendo com que a testagem passe a ser um hábito e não uma medida a ser tomada apenas após a exposição a uma situação de risco.

“Tive a oportunidade de, recentemente, conversar com vários jovens que se infectaram neste último ano. A sensação é que eles não achavam que o problema era com eles. Não se achavam vulneráveis e não achavam que tinham ficado expostos”.

A estimativa do Unaids é que mais de 720 mil pessoas vivem com HIV no Brasil. Dessas, cerca de 150 mil não sabem que são soropositivas.

Um recorte por faixa etária está previsto para ser divulgado em 2015, mas um relatório de agosto deste ano aponta aumento de 11% nos novos casos registrados no país – a maioria entre homossexuais e muitos deles jovens.

“Passei 15 anos fora do Brasil. Voltei no ano passado e me assustei ao não ver mais a aids nos jornais. Fala-se muito da parte clínica, dos avanços. Mas a aids não tem mais rosto. E essa personificação da mensagem é importante”, disse.

“As pessoas estão cada vez menos confortáveis para conversar sobre a sua sexualidade e isso pode gerar grandes consequências”, concluiu.

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