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Com vacinação acelerada, Rio prepara festa de Ano Novo e Carnaval

Campanha para captar patrocinadores para o Ano Novo será divulgado pela Riotur em, no máximo, duas semanas

Prefeitura espera vacinar a população adulta com duas doses contra a Covid-19 até meados de novembro (Gabriel Monteiro/secom/Agência Brasil)

Prefeitura espera vacinar a população adulta com duas doses contra a Covid-19 até meados de novembro (Gabriel Monteiro/secom/Agência Brasil)

AO

Agência O Globo

Publicado em 10 de julho de 2021 às 14h42.

Com a expectativa de vacinar a população adulta com duas doses contra a Covid-19 até meados de novembro, a prefeitura do Rio já prepara os fogos de artifício e a serpentina para as maiores de festas da cidade. O prefeito Eduardo Paes disse ontem que trabalha “com a hipótese de que vai ter carnaval”, e prometeu que as escolas de samba terão ajuda financeira do município. Já para o Ano Novo, os planos estão ainda mais avançados: um chamamento público para captar patrocinadores será divulgado pela Riotur em, no máximo, duas semanas. Até ontem, 23,7% dos maiores de 18 anos tinham completado o ciclo de imunização na capital.

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— Não vamos falar sobre suposições aqui. O que a gente tem de muito real? A campanha de imunização, a partir do momento em que a gente anuncia que todo mundo vai estar vacinado com a primeira dose até 15 de agosto. Joga três meses para a frente, você imagina que em novembro todo mundo na cidade do Rio já vai ter tomado as duas doses. Supostamente, você chega a 100% da população-alvo totalmente vacinada. Isso significa vida normal. Vamos caminhar com isso. A partir dessa premissa, tomamos a decisão, até porque o carnaval é uma celebração complexa, que exige muita preparação, de avançar não só com o carnaval, mas também com o réveillon — disse.

Ele pontuou, contudo, que o processo de preparação pode ser interrompido caso a pandemia se agrave:

— Óbvio, se houver alguma situação crítica no momento, a gente vai interromper. Se tiver que interromper, vamos interromper. O que a gente espera e torce, e o que tudo mostra, é que não vamos precisar interromper e que vai ter carnaval.

O chamamento público para o réveillon terá os detalhes sobre a festa, como a quantidade e a localização dos palcos e das balsas para os fogos. Em maio, a presidente da empresa, Daniela Maia, já havia dito, numa entrevista ao GLOBO, que o evento terá “surpresas inéditas” e pelo menos dez palcos espalhados pelo Rio, dos quais três serão na Praia de Copacabana e um na Barra da Tijuca.

A prefeitura ainda não informou quando vai liberar o caderno de encargos do carnaval — ou seja, o edital que busca patrocinadores para o evento —, nem detalhou o valor da subvenção às escolas de samba. O apoio financeiro concedido pela prefeitura às agremiações foi reduzido durante a gestão de Marcelo Crivella e suspenso em 2020.

Segundo o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Jorge Perlingeiro, o prefeito está para se reunir com os representantes das agremiações numa sessão plenária para tratar do assunto “em breve”:

— Quando nos reunimos pela última vez, o prefeito me disse que gostaria de ele mesmo dar a informação para as nossas escolas de quanto a prefeitura dará de subvenção e quando.

Apoio garantido

Ao anunciar a preparação para as festas, durante a divulgação do 27° boletim epidemiológico da cidade, Paes prometeu que, caso o carnaval tenha de ser adiado por alguma razão, o apoio concedido pela prefeitura às agremiações estará garantido na próxima edição marcada:

— Já assinamos com a Liesa até trazendo uma inovação, fazendo quatro anos (de contrato), dando garantia aos organizadores do carnaval de que, sei lá, em 2025, mesmo entrando um doido aqui na prefeitura, um antimomo, ainda haja essa estabilidade. Vamos em breve assinar um convênio de apoio às escolas de samba.

Além da pandemia, um entrave para o sucesso do carnaval de 2022 é a interdição da Cidade do Samba, onde ficam os barracões das escolas. A Justiça determinou seu fechamento em janeiro deste ano devido ao risco de incêndio nos galpões — o último aconteceu em abril do ano passado, na área da Viradouro, atual campeã. Movida pelo Ministério Público do Rio, a ação civil pública pedia a correção de diversas irregularidades identificadas pelo Corpo de Bombeiros nas instalações do local. A Riotur e a Liesa anexaram ao processo um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), celebrado com o Corpo de Bombeiros, e aguardam a decisão da Justiça.

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