Com redução de tarifa, Haddad vai desacelerar investimentos
Três hipóteses foram apresentadas por integrantes do PT como solução, mesmo que momentânea, para cobrir o déficit financeiro provocado pela revogação do aumento da tarifa
Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2013 às 09h34.
São Paulo - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), passou esta quinta-feira, 19, fazendo conta. Em reunião com o secretariado, ouviu conselhos, deu ordens e projetou reduzir o ritmo de parte dos investimentos previstos.
No fim do dia, pelo menos três hipóteses foram apresentadas por integrantes do PT como solução, mesmo que momentânea, para cobrir o déficit financeiro provocado pela revogação do aumento da tarifa. Na lista está até postergar o lançamento do bilhete mensal, previsto para novembro e com custo de R$ 400 milhões ao ano.
O adiamento também é defendido por parte dos representantes do Conselho da Cidade, que se reuniu na terça-feira, 18. Mas essa possibilidade, por enquanto, é refutada por Haddad, que não pretende voltar atrás em outro compromisso firmado com a população - a decisão de baixar o valor da tarifa do ônibus sem garantir uma contrapartida orçamentária da União foi imposta pelo partido.
As outras duas alternativas aventadas pela Prefeitura de São Paulo se referem à implementação do programa de internet grátis nas praças, já em consulta pública, e da Rede Hora Certa, para atendimento médico de urgência 24 horas.
Eles permaneceriam no planejamento, mas teriam o ritmo diminuído ao longo dos meses, a fim de transferir parte dos gastos para o próximo orçamento, que será totalmente formulado pela atual gestão.
Nas diversas reuniões realizadas nesta quinta-feira na sede da Prefeitura, Haddad também cobrou a entrega de projetos que possam render novos convênios com o governo federal, seja para a construção de creches, moradia popular ou corredores de ônibus.
Com as propostas prontas, o objetivo é pressionar a União a assinar as parcerias prometidas durante a campanha eleitoral.
Com mais verba federal, a arrecadação municipal pode ser direcionada para cobrir o rombo da tarifa e evitar cortes de investimentos. A previsão é que seja necessário gastar R$ 1,4 bilhão em subsídios com o transporte público em 2013.
Como a margem de remanejamento nas verbas aprovadas do orçamento é de 15%, Haddad não terá dificuldades em fazer as transferências necessárias, pelo menos do ponto de vista financeiro. A preocupação é com o possível desgate político.
Alckmin
Com a revogação do reajuste das passagens dos trens da CPTM e do Metrô - que voltarão a custar R$ 3 na segunda-feira, 17 -, o Estado terá despesa extra de R$ 210 milhões ao ano com transporte sobre trilhos. Nesta quinta, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que vai precisar deslocar verba para cobrir os gastos, apesar de o valor representar só 0,13 % do orçamento geral do Estado, que é de R$ 162 bilhões.
Técnicos da Secretaria Estadual de Planejamento e Desenvolvimento Regional devem entregar nesta sexta-feira, 21, para Alckmin um relatório sobre quais áreas poderão perder verba. Nesta quinta, o tucano assegurou que as obras de expansão do metrô e da CPTM, já atrasadas, não serão afetadas. Saúde e Educação também não sofrerão cortes.
Os técnicos passaram o dia analisando a execução orçamentária para identificar onde é possível adiar investimentos ou reduzir o ritmo. Assim como no caso da Prefeitura, uma das possibilidades estudadas é desacelerar o andamento de parte das obras, mas não a ponto de não entregá-las no prazo. A preocupação é com 2014, quando Alckmin tentará a reeleição.
São Paulo - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), passou esta quinta-feira, 19, fazendo conta. Em reunião com o secretariado, ouviu conselhos, deu ordens e projetou reduzir o ritmo de parte dos investimentos previstos.
No fim do dia, pelo menos três hipóteses foram apresentadas por integrantes do PT como solução, mesmo que momentânea, para cobrir o déficit financeiro provocado pela revogação do aumento da tarifa. Na lista está até postergar o lançamento do bilhete mensal, previsto para novembro e com custo de R$ 400 milhões ao ano.
O adiamento também é defendido por parte dos representantes do Conselho da Cidade, que se reuniu na terça-feira, 18. Mas essa possibilidade, por enquanto, é refutada por Haddad, que não pretende voltar atrás em outro compromisso firmado com a população - a decisão de baixar o valor da tarifa do ônibus sem garantir uma contrapartida orçamentária da União foi imposta pelo partido.
As outras duas alternativas aventadas pela Prefeitura de São Paulo se referem à implementação do programa de internet grátis nas praças, já em consulta pública, e da Rede Hora Certa, para atendimento médico de urgência 24 horas.
Eles permaneceriam no planejamento, mas teriam o ritmo diminuído ao longo dos meses, a fim de transferir parte dos gastos para o próximo orçamento, que será totalmente formulado pela atual gestão.
Nas diversas reuniões realizadas nesta quinta-feira na sede da Prefeitura, Haddad também cobrou a entrega de projetos que possam render novos convênios com o governo federal, seja para a construção de creches, moradia popular ou corredores de ônibus.
Com as propostas prontas, o objetivo é pressionar a União a assinar as parcerias prometidas durante a campanha eleitoral.
Com mais verba federal, a arrecadação municipal pode ser direcionada para cobrir o rombo da tarifa e evitar cortes de investimentos. A previsão é que seja necessário gastar R$ 1,4 bilhão em subsídios com o transporte público em 2013.
Como a margem de remanejamento nas verbas aprovadas do orçamento é de 15%, Haddad não terá dificuldades em fazer as transferências necessárias, pelo menos do ponto de vista financeiro. A preocupação é com o possível desgate político.
Alckmin
Com a revogação do reajuste das passagens dos trens da CPTM e do Metrô - que voltarão a custar R$ 3 na segunda-feira, 17 -, o Estado terá despesa extra de R$ 210 milhões ao ano com transporte sobre trilhos. Nesta quinta, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que vai precisar deslocar verba para cobrir os gastos, apesar de o valor representar só 0,13 % do orçamento geral do Estado, que é de R$ 162 bilhões.
Técnicos da Secretaria Estadual de Planejamento e Desenvolvimento Regional devem entregar nesta sexta-feira, 21, para Alckmin um relatório sobre quais áreas poderão perder verba. Nesta quinta, o tucano assegurou que as obras de expansão do metrô e da CPTM, já atrasadas, não serão afetadas. Saúde e Educação também não sofrerão cortes.
Os técnicos passaram o dia analisando a execução orçamentária para identificar onde é possível adiar investimentos ou reduzir o ritmo. Assim como no caso da Prefeitura, uma das possibilidades estudadas é desacelerar o andamento de parte das obras, mas não a ponto de não entregá-las no prazo. A preocupação é com 2014, quando Alckmin tentará a reeleição.