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Com obras paradas, Alckmin corta 14% das verbas do Metrô

Órgão do governo responsável pelo Metrô e pela CPTM recebeu a menor previsão de orçamento desde 2011, na atual gestão de Geraldo Alckmin


	Metrô de São Paulo: obras da linha-6 Laranja, prevista para ligar Brasilândia a São Joaquim, estão paradas
 (FERNANDO MORAES /VEJA SÃO PAULO/Reprodução)

Metrô de São Paulo: obras da linha-6 Laranja, prevista para ligar Brasilândia a São Joaquim, estão paradas (FERNANDO MORAES /VEJA SÃO PAULO/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2016 às 09h08.

São Paulo - A Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, órgão do governo do Estado responsável pelo Metrô e pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), recebeu a menor previsão de orçamento desde o início da atual gestão do governo Geraldo Alckmin (PSDB), em 2011. Em valores atualizados, a verba para investimentos da secretaria em 2017 é 14% menor do que o Orçamento aprovado para o ano corrente.

Com uma obra paralisada por prazo indefinido (a Linha 6-Laranja) e três com atrasos de mais de um ano (4-Amarela, 15-Prata e 17-Ouro), o Metrô, que é uma empresa de economia mista e tem orçamento próprio, também tem redução expressiva de previsão de investimentos.

Os dados que constam na proposta orçamentária enviada pelo governo Alckmin à Assembleia Legislativa mostram queda de 13% na previsão de gastos, de R$ 3,89 bilhões, em 2016, para R$ 2,9 bilhões no ano que vem.

A queda resulta da freada nas obras da Linha 6-Laranja, prevista para ligar a Brasilândia, na zona norte, à Estação São Joaquim, da Linha 1-Azul. A previsão de gastos com o ramal caiu de R$ 1,2 bilhão, no Orçamento atual, para R$ 259 milhões para 2017.

A redução de gastos é causada pela conclusão da etapa que mais consumiria dinheiro público para esta obra: as desapropriações de imóveis que darão lugar à linha.

O ramal, no entanto, está paralisado desde o mês passado, porque o consórcio que executa o projeto por meio de uma parceria público-privada (PPP) não conseguiu financiamento para dar andamento aos trabalhos.

Também caiu 25% a previsão do governo para aquisição de novos trens para a rede metroferroviária. O recurso - inteiramente financiado por entidades como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bird) - foi de R$ 1,37 bilhão (em valores corrigidos) para R$ 1,018 bilhão para o ano que vem.

Prioridades

Por outro lado, o governo reservou mais verba de investimentos no ano que vem para a modernização das linhas já em operação. As Linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha devem ter R$ 210 milhões para execução de obras e outras melhorias, o que significa acréscimo de 27% ante o orçamento em vigência, ainda em valores atualizados. No mesmo passo, a peça traz aumento das verbas para investimento em melhorias das linhas já existentes da CPTM, de R$ 402 milhões, em 2016, para R$ 629 milhões no ano que vem. A Linha 11-Coral, que vai até Mogi das Cruzes, é a que terá maior receita - R$ 108 milhões para 2017.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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