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Com inauguração para 2020, Parque Augusta terá redário e cachorródromo

O Parque Augusta integra uma série de propostas da gestão Covas para a região central, o que inclui também o Parque Minhocão

Novo Parque Augusta: o terreno do parque fica em uma área com edificações tombadas (Danilo Verpa/Folha de S.Paulo)

Novo Parque Augusta: o terreno do parque fica em uma área com edificações tombadas (Danilo Verpa/Folha de S.Paulo)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de abril de 2019 às 16h35.

São Paulo — A Prefeitura de São Paulo realizará na manhã deste sábado (6) a assinatura da escritura de posse do terreno do Parque Augusta, na região central da capital paulista.

Segundo a gestão Bruno Covas (PSDB), a previsão de abertura é para 2020. Antes da inauguração, a área passará por uma série de intervenções e instalação de equipamentos públicos, tais como cachorródromo, deck, redário e playground.

O Parque Augusta integra uma série de propostas da gestão Covas para a região central, o que inclui também o Parque Minhocão, o Vale do Anhangabaú, o PIU Setor Central e a área dos calçadões do triângulo histórico.

"A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) informa que, após a assinatura da escritura da área, a Setin irá realizar a contratação do Projeto Executivo do Parque Augusta. Com o projeto finalizado, serão iniciadas as obras e a previsão é que em 2020 o parque seja entregue à população", informou a Prefeitura em nota.

O espaço terá quatro portões de acesso. A entrada de serviço será pela Rua Marquês de Paranaguá, enquanto o portão principal será o da Rua Caio Prado e os demais ficarão na Rua Augusta.

Na área externa, o projeto prevê a recuperação das calçadas, reforço do muro e troca do gradil, além da criação de vagas de estacionamento para pessoas portadoras de necessidades especiais.

Dentro do parque, serão instaladas 19 lixeiras e oito bebedouros, tanto do modelo comum como para cães, além de três bicicletários e sanitários públicos.

Para descanso, estão previstos uma área com espreguiçadeiras e um redário. A parte de lazer também contempla um cachorródromo (de 450 metros quadrados), uma área de prática de slackline, equipamentos de ginástica para terceira idade e um playground, com brinquedos inclusivos.

O parque terá uma praça e um deck elevado, ambos em madeira plástica e com, respectivamente, 559 e 440 metros quadrados.

Além disso, incluirá um centro de compostagem e manejo, um centro de informações turísticas e um espaço para educação ambiental e atividades culturais, instalado em uma antiga edificação da área, ligada ao Colégio Des Oiseaux.

Em uma área com remanescentes históricos do colégio, será criada uma trilha de terra batida.

Parque Augusta fica em área histórica

O terreno do parque fica em uma área com edificações tombadas. A área foi sede do Palacete Uchoa a partir de 1902, obra que teve projeto do arquiteto francês Victor Dubugras e foi demolida 60 anos depois.

Quatro anos depois, o imóvel foi vendido às Cônegas de Santo Augostinho, sendo transformado no Colégio Des Oiseaux, exclusivo para meninas e que funcionou até 1967.

Ao longo dos anos, o colégio criou um edifício anexo. Como o lote era maior, o terreno do parque ainda contemplou aa Escola Santa Mônica, de 1910 a 1974, e o Instituto Superior de Filosofia, Ciências e Letras Sedes Sapientiae, projetado por Rino Levi e construído em 1941 (sendo incorporado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em 1946).

Segundo levantamento da Prefeitura, um decreto municipal de 1973 determinou a proteção do bosque e ocupação máxima de 25% do total do terreno.

Em 1989, a área foi declarada patrimônio ambiental em novo decreto, dessa vez estadual. Já em 2002, a implantação do Parque Augusta foi determinada no Plano Diretor, enquanto o espaço foi oficialmente criado um ano depois.

Embora, a maior parte das construções antigas tenha sido demolida, ainda há remanescentes na área, como a Casa do Bosque e o portal da Rua Caio Prado, que são tombados pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp).

A área inclui, ainda, resquícios históricos como degraus, piscos e percursos, dentre outros.

Acordo com construtoras

Após o fechamento das escolas, o terreno foi utilizado como estacionamento, além de abrigar atividades diversas e ter sido cogitado para empreendimentos habitacionais e comerciais.

Em 2018, a Prefeitura fez um acordo com as construtoras proprietárias da área, que receberão títulos de potencial construtivo para aplicar em outros terrenos. Em novembro, a Justiça extinguiu a última ação que travava a transferência do terreno.

As construtoras precisarão pagar uma indenização de R$ 9,8 milhões, dos quais R$ 6,2 milhões serão quitados por meio dos serviços de implantação do projeto do parque e de um boulevard que ligará a área (pela Rua Gravataí) até a Praça Roosevelt.

Do valor pago pelas empresas, R$ 2 milhões serão empregados na manutenção do parque por dois anos, enquanto o restante será repassado para a construção de um Centro de Convivência Intergeracional e na reforma de uma Instituição de Longa Permanência para Idosos.

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