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Com foco nas eleições, Joaquim Barbosa se filia ao PSB

ÀS SETE - O político foi presidente do STF e principal nome do julgamento do Mensalão, o maior escândalo de corrupção do país até a Lava Jato

Joaquim Barbosa: no Mensalão, o Supremo levou sete anos para se debruçar sobre o processo (Fellipe Sampaio/STF/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2018 às 06h25.

Última atualização em 6 de abril de 2018 às 07h19.

Em tempos de politização do Judiciário, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa vai se filiar oficialmente ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), nesta sexta-feira.

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Ministro do STF de 2003 até 2014, Barbosa foi presidente do tribunal entre 2012 e 2014 e principal nome do julgamento do Mensalão, o maior escândalo de corrupção do país até a Lava-Jato.

A condenação de políticos e seus asseclas, à época, marca uma diferença com o que se vê hoje em dia na Lava-Jato, sem nenhum condenado na mais alta corte do país.

Uma ressalva: no Mensalão, o Supremo levou sete anos para se debruçar sobre o processo, enquanto a Lava-Jato começou há quatro anos.

Na época, discussões entre os ministros Ricardo Lewandowski e Joaquim Barbosa durante o julgamento de casos do Mensalão, apontaram para a tendência da politização do Supremo Tribunal e do sistema judiciário.

Além de Lewandowski, Barbosa chegou a discutir com os ministros Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e Dias Toffoli. Fora do Supremo, também protagonizou polêmicas ao discutir com jornalistas, e por ser sócio de uma empresa nos Estados Unidos a qual ele usou para comprar um apartamento em Miami.

Aposentado voluntariamente em 2014, Barbosa começou a ser cogitado como figura política, posição que refutou inicialmente. Mas as pesquisas iniciais mostravam que ele não era mal recebido nas ruas. Segundo uma pesquisa Datafolha de dezembro do ano passado, Barbosa aparecia com 5% de intenções de voto.

Analistas afirmam que este número pode aumentar consideravelmente após sua filiação e sua confirmação como candidato à presidência. Segundo o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, o ex-ministro se junta ao partido, mas ainda não é o nome oficial para concorrer à presidência.

A decisão de nomeá-lo como presidente ainda é incerta porque encontra resistência de alas do PSB. O vice-governador de São Paulo, Márcio França, é um exemplo.

França é aliado do ex-governador do estado Geraldo Alckmin, pré-candidato à presidência pelo PSDB, e que ainda negocia a entrada do PSB em sua base de apoio.

Barbosa é colocado como opção para o eleitorado de centro-esquerda, esfera ocupada por outros dois candidatos: Ciro Gomes, do PDT, e Marina Silva, da Rede, que já confirmaram suas pré-candidaturas.

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