Brasil

Com dívida de R$ 15,5 mi, Orquestra atrasa salários

A crise econômica fez minguar os patrocínios - entre eles o da prefeitura do Rio, que informou que fará "nos próximos dias" o depósito dos R$ 2,5 mi acordados


	Orquestra Sinfônica Brasileira: o clima entre os músicos é de grande apreensão
 (Cícero Rodrigues/OSB/Divulgação)

Orquestra Sinfônica Brasileira: o clima entre os músicos é de grande apreensão (Cícero Rodrigues/OSB/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2016 às 09h29.

Rio - Os músicos da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) se reúnem nesta terça-feira, 13, à tarde para tratar da penúria da fundação que administra o conjunto, causa do cancelamento dos onze concertos marcados até o fim do ano no Teatro Municipal do Rio, na Sala Cecilia Meireles e na Cidade das Artes.

A crise econômica no País fez minguar os patrocínios - entre eles o da prefeitura do Rio, que informou nesta segunda-feira, 12, que fará "nos próximos dias" o depósito dos R$ 2,5 milhões acordados para 2016 (até 2013, eram R$ 6 milhões anuais, com progressiva redução dos valores).

O clima entre os músicos é de grande apreensão. Eles estão com salários atrasados - os pagamentos deveriam ter sido feitos semana passada e a fundação já informou que só com a entrada de recursos poderá honrá-los - e futuro incerto - não sabem em que condições continuarão tocando até dezembro, uma vez que uma programação alternativa poderia aumentar ainda mais a dívida da fundação, hoje em R$ 15,5 milhões.

O grupo foi informado da situação numa reunião há uma semana. No mês passado, o salário também atrasou e os planos de saúde foram suspensos, o que os levou a paralisar as atividades e não realizar um concerto para o Comitê Olímpico Internacional.

Hoje, o presidente da comissão de músicos, o violinista búlgaro Nikolay Sapondjev, não quis comentar a questão, preferindo se pronunciar após a reunião desta terça-feira.

"É um momento bastante crítico, em que a OSB pede a ajuda da sociedade e do governo para continuar suas atividades. Entraremos em contato com todos os assinantes e discutiremos uma solução para essa dívida que temos com eles", disse o presidente da fundação, Eleazar de Carvalho.

"No início do ano, havia outra perspectiva, que acabou não se concretizando. A OSB está enfrentando um grave período em relação à sua saúde financeira. Entretanto, ao longo de 76 anos, certamente a OSB já superou diversos outros momentos de dificuldade."

Assinantes e doadores físicos ouvidos pelo jornal "O Estado de S. Paulo" se disseram solidários à instituição, e não pretendem pedir ressarcimento.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Indústria da músicaArteMúsicaEntretenimentoRio de Janeirocidades-brasileirasMetrópoles globaisTeatro

Mais de Brasil

Brasil deve contratar R$ 180 bi de investimentos em rodovias em 2026

Quantas igrejas católicas existem no Brasil?

Fux suspende bloqueio de contas ativas de beneficiários do Bolsa Família em bets

Moraes rejeita recurso de Bolsonaro para levar julgamento ao plenário