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Com 13 deputados, PTN anuncia rompimento com governo Temer

Em carta assinada pela presidente nacional do partido, a sigla afirma que assumirá posição de "independência" em relação ao governo

Renata Abreu: à reportagem, a presidente do PTN afirmou que o partido deverá entregar todos os cargos que possui atualmente no governo Temer (Câmara dos Deputados/Reprodução)

Renata Abreu: à reportagem, a presidente do PTN afirmou que o partido deverá entregar todos os cargos que possui atualmente no governo Temer (Câmara dos Deputados/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de maio de 2017 às 15h18.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2018 às 18h41.

Brasília - Com uma bancada de 13 deputados, o PTN foi o primeiro partido da base aliada a anunciar oficialmente nesta quinta-feira, 18, o rompimento com o governo Michel Temer.

Em carta assinada pela presidente nacional do partido, deputada Renata Abreu (SP), e pelo líder da legenda na Câmara, deputado Alexandre Baldy (GO), a sigla afirma que assumirá posição de "independência" em relação ao governo.

"O Podemos (novo nome do PTN) e sua bancada na Câmara dos Deputados anunciam a sua saída do bloco parlamentar composto pelo PP e PT do B, outros partidos da base aliada, assumindo posição de independência do governo federal", afirmaram Renata e Baldy na carta.

À reportagem, a presidente do PTN afirmou que o partido deverá entregar todos os cargos que possui atualmente no governo Temer.

O principal cargo comandado pelo PTN no governo é a presidência da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

O partido ganhou o comando do órgão durante a votação da reforma trabalhista na Câmara em abril. Deputados da sigla ameaçaram votar contra a proposta, se não conseguissem o comando da fundação.

O presidente Michel Temer, então, cedeu à pressão e deu o comando do órgão ao PTN.

Renata Abreu afirmou que o partido aguardará a divulgação dos áudios contra Temer que teriam sido gravados pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, para decidir que posição adotará: se defenderá a renúncia ou a cassação do presidente.

Como revelou ontem o jornal O Globo, em um dos áudios, Temer daria aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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