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Collor faz manobra para participar de sabatina de Janot

Na mesma semana em que foi denunciado por Janot por envolvimento em esquema de corrupção, Collor se indica para comissão que irá sabatinar o procurador-geral

Fernando Collor (PTB-AL): indicação de próprio nome para comissão que irá sabatinar Janot (Jefferson Rudy/Agência Senado)

Fernando Collor (PTB-AL): indicação de próprio nome para comissão que irá sabatinar Janot (Jefferson Rudy/Agência Senado)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 25 de agosto de 2015 às 10h02.

São Paulo – O senador Fernando Collor (PTB-AL) fez uma manobra para conseguir participar do processo de recondução do procurador-geral da República Rodrigo Janot ao cargo.

Na semana passada, Collor passou a integrar a comissão de Constituição e Justiça do Senado, responsável pela sabatina à qual Janot será submetido antes de ter seu nome votado pelos parlamentares. 

Collor ocupou uma vaga de suplência na comissão após destituir o senador Douglas Cintra (PTB-PE) e se indicar para ocupar a vaga. Como suplente, Collor pode participar das discussões, mas só terá direito ao voto se algum senador de seu bloco faltar. As informações são do jornal Folha de S.Paulo

Atritos

Na última semana, o senador e ex-presidente foi denunciado por Janot por suspeito envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras. O processo está sob sigilo. 

Na tarde de ontem, Collor criticou a atuação do procurador-geral em discurso no Senado, afirmou que ele não é dotado da "conduta moral" que se exige para o cargo e que é um “sujeitinho à toa” e uma “figura tosca”. 

"Trata-se de um fascista da pior extração, e cuja linhagem pode ser perfeitamente traduzida nas palavras de Plutarco: 'Nada revela mais o caráter de um homem do que seu modo de se comportar do que quando detém um poder e uma autoridade sobre os outros. Essas duas prerrogativas despertam toda a paixão e revelam todo o vício'", disse Collor. 

Essa não é a primeira vez que o senador usa a tribuna no Senado para criticar Janot. Há menos de um mês, Collor chamou o procurador-geral de “filho da puta”
 

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