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COI doa material esportivo para crianças refugiadas no Rio

Comitê doou uma série de kits esportivos a três escolas públicas do Rio de Janeiro, onde estudam crianças refugiadas de Angola e Congo


	Projeto já foi realizado na Índia e na África do Sul e que pretende doar material esportivo básico em mais 20 países
 (Michael Regan/Getty Images)

Projeto já foi realizado na Índia e na África do Sul e que pretende doar material esportivo básico em mais 20 países (Michael Regan/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2012 às 20h30.

Rio de Janeiro - Com apoio do Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), o Comitê Olímpico Internacional (COI) doou nesta sexta-feira uma série de kits esportivos a três escolas públicas do Rio de Janeiro, onde estudam crianças refugiadas de Angola e Congo, para promover o espírito olímpico e a integração social.

Em um ato realizado no colégio municipal São Paulo, situado na zona norte de Rio, o COI deu continuidade a uma iniciativa global que já foi realizada na Índia e na África do Sul e que pretende doar material esportivo básico em mais 20 países nos próximos dois anos.

As três escolas, onde estão matriculados 25 refugiados e filhos de refugiados, foram beneficiadas com materiais para atender até 300 crianças, incluindo bolas de diferentes modalidades, coletes, bonés e camisas.

Em comunicado, o presidente do COI, Jacques Rogge, afirmou que esta medida dará a chance de muitos jovens "experimentarem a alegria do esporte", já que "merecem viver como os outros jovens do mundo: jogando e aprendendo".

O diretor da escola onde ocorreu o ato simbólico de entrega, Sergio Roberto Hing, casualmente é neto de um refugiado chinês que chegou ao Brasil durante a Primeira Guerra Mundial.

Hing explicou à Agência Efe que contar com a presença de crianças de famílias refugiadas não é difícil, apesar das diferenças culturais. "Depois de certo tempo, o que lhes diferem dos demais alunos é apenas o sotaque", afirmou o diretor.

"As crianças se acostumam muito rápido ao novo entorno, o trabalho com os pais é algo mais complicado porque, em muitos casos, eles viveram experiências muito violentas em seus países de origem", completou.

Segundo dados da ONU, no Brasil existem aproximadamente 4,6 mil refugiados de mais de 70 países diferentes, sendo que 2 mil deles vivem no Rio de Janeiro, onde costumam ser atendidos por Cáritas Arquidiocesanas.

O padre Manuel Mannangão, presidente da Cáritas em nível regional, afirmou à agência Efe que a função de sua organização consiste em buscar escolas para os filhos dos refugiados, moradia para as famílias e assessoria legal para regularizar a situação deles no Brasil.

Henrique Fontenelle, representante do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Rio 2016, assinalou que esta iniciativa pretende reduzir as desigualdades sociais, ajudar as crianças no estudo e incluí-los no movimento e no espírito olímpico.

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