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Clubes discutem alternativas para manter estádios da Copa

"Desafio é fazer eventos diários, preparar espetáculo preliminar e trazer torcedor duas ou três horas antes da partida", declarou o ex-presidente do Corinthians

Itaquerão: na opinião do ex-presidente do Corinthians Andrés Sánchez, a proibição de que bancos emprestem dinheiro a clubes de futebol prejudica a administração das instituições (Monitoramento/Ministério do Esporte)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2013 às 15h35.

São Paulo - A manutenção dos estádios construídos no país para a realização da Copa do Mundo de 2014 passa por "reinventar a fórmula" para o torcedor vá aos estádios mais vezes e permaneça no local por mais tempo, concordaram nesta terça-feira os participantes do seminário de negócios em futebol Business FC, em São Paulo.

"O desafio é fazer eventos diários, preparar um espetáculo preliminar e trazer o torcedor duas ou três horas antes da partida", declarou o ex-presidente do Corinthians Andrés Sánchez, presente na mesa "O papel dos novos estádios na transformação do futebol brasileiro".

Na opinião do dirigente, que continua vinculado ao clube paulista, a proibição de que bancos emprestem dinheiro a clubes de futebol prejudica a administração das instituições. "Essa proibição dificulta muito a manutenção dos estádios, que custa entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões", reclamou.

O diretor de entretenimento da Organização Odebrecht Properties, Dênio Cidreira, considera que a qualidade do conteúdo dos eventos é fundamental e que, a partir de um bom espetáculo, é possível atrair a atenção do público.

Cidreira, representante de uma construtora responsável por obras em estádios construídos ou reformados para o Mundial, também reforçou a necessidade de se oferecer uma sensação de segurança maior. "É importante para o público ter acesso com tranquilidade e estar em harmonia com todo tipo de torcedores", declarou.

Para o diretor da construtora OAS Arenas, Carlos Paes, o setor privado da construção é importante para que os clubes se concentrem em sua própria administração.


"O clube pode enfocar sua atividade no futebol e em sua marca. Nós nos preocuparemos que o torcedor possa chegar antes ao estádio, que tenha comodidade e que volte para casa com segurança", afirmou o gestor da OAS, empresa responsável por alguns dos estádios.

Sobre o desafio gerado pela violência de algumas torcidas organizadas, os três conferencistas concordaram que se trata de uma responsabilidade que cabe mais às forças de segurança que aos clubes ou aos consórcios administradores.

"Não sou contra a existência de organizadas. É a polícia que tem que se encarregar delas", disse Sánchez, que declarou que a Arena Corinthians "terá espaço para 9 ou 10 mil pessoas de torcidas organizadas".

Cidreira, por sua vez, garantiu que até o momento a relação com esses torcedores é "positiva" e que deseja "oferecer todo tipo de condições para que façam suas festas dentro dos censos de acesso e equipamento dos estádios".

No seminário, do qual participaram políticos, dirigentes de clubes, construtores, investidores, jogadores e jornalistas, também foram abordados assuntos tais como os desafios do futebol brasileiro, o papel do investimento privado nos clubes e o calendário apertado.

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São Paulo - A manutenção dos estádios construídos no país para a realização da Copa do Mundo de 2014 passa por "reinventar a fórmula" para o torcedor vá aos estádios mais vezes e permaneça no local por mais tempo, concordaram nesta terça-feira os participantes do seminário de negócios em futebol Business FC, em São Paulo.

"O desafio é fazer eventos diários, preparar um espetáculo preliminar e trazer o torcedor duas ou três horas antes da partida", declarou o ex-presidente do Corinthians Andrés Sánchez, presente na mesa "O papel dos novos estádios na transformação do futebol brasileiro".

Na opinião do dirigente, que continua vinculado ao clube paulista, a proibição de que bancos emprestem dinheiro a clubes de futebol prejudica a administração das instituições. "Essa proibição dificulta muito a manutenção dos estádios, que custa entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões", reclamou.

O diretor de entretenimento da Organização Odebrecht Properties, Dênio Cidreira, considera que a qualidade do conteúdo dos eventos é fundamental e que, a partir de um bom espetáculo, é possível atrair a atenção do público.

Cidreira, representante de uma construtora responsável por obras em estádios construídos ou reformados para o Mundial, também reforçou a necessidade de se oferecer uma sensação de segurança maior. "É importante para o público ter acesso com tranquilidade e estar em harmonia com todo tipo de torcedores", declarou.

Para o diretor da construtora OAS Arenas, Carlos Paes, o setor privado da construção é importante para que os clubes se concentrem em sua própria administração.


"O clube pode enfocar sua atividade no futebol e em sua marca. Nós nos preocuparemos que o torcedor possa chegar antes ao estádio, que tenha comodidade e que volte para casa com segurança", afirmou o gestor da OAS, empresa responsável por alguns dos estádios.

Sobre o desafio gerado pela violência de algumas torcidas organizadas, os três conferencistas concordaram que se trata de uma responsabilidade que cabe mais às forças de segurança que aos clubes ou aos consórcios administradores.

"Não sou contra a existência de organizadas. É a polícia que tem que se encarregar delas", disse Sánchez, que declarou que a Arena Corinthians "terá espaço para 9 ou 10 mil pessoas de torcidas organizadas".

Cidreira, por sua vez, garantiu que até o momento a relação com esses torcedores é "positiva" e que deseja "oferecer todo tipo de condições para que façam suas festas dentro dos censos de acesso e equipamento dos estádios".

No seminário, do qual participaram políticos, dirigentes de clubes, construtores, investidores, jogadores e jornalistas, também foram abordados assuntos tais como os desafios do futebol brasileiro, o papel do investimento privado nos clubes e o calendário apertado.

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