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Clima ameno e foco em Marina marcam primeiro debate na TV

No primeiro debate televisivo, a candidata foi atacada no tema da agroindústria, em meio às propostas dos candidatos na corrida presidencial

As candidatas Marina Silva (E) e Dilma Rousseff, com o também candidato Aécio Neves (Paulo Whitaker/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2014 às 08h47.

São Paulo - A candidata Marina Silva ( PSB ), favorita a vencer em um eventual segundo turno de acordo com a pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo Ibope , propôs hoje no primeiro debate televisivo eleitoral um governo multisetorial e aberto "aos melhores" de todos partidos.

Para ela, que assumiu a cabeça de chapa do PSB após a morte de Eduardo Campos , a questão é envolver as pessoas.

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"Quero governar unindo o Brasil, com pessoas do bem de todos os setores, governar com pessoas honestas e competentes", declarou no primeiro debate entre os candidatos à presidência, transmitido pela "Band".

O debate contou com a presença da presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, e de Aécio Neves (PSDB), em terceiro lugar nas pesquisas, além de Luciana Genro (PSOL), Levi Fidelix (PR), Eduardo Jorge (PV) e Pastor Everaldo (PSC).

E foi no tema da polarização política que Marina, em segundo lugar nas pesquisas, se aferrou.

A ambientalista voltou a ser atacada no tema da agroindústria, setor com o qual traçou diferenças em sua carreira política.

"Minha posição é que a agroindústria é importante para a balança comercial, mas é preciso atuar com responsabilidade social", argumentou.

Marina focou em Dilma no momento das perguntas diretas, e questionou os avanços em segurança pública e educação.

Já Dilma centrou suas baterias em Aécio Neves, utilizando reiteradamente dados dos programas sociais de sua gestão e da de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, como o "Bolsa Família", "Luz para todos", "Mais médicos" e "Minha casa, minha vida".

A presidente, que aparece em primeiro lugar nas pesquisas, apresentou também os avanços das medidas implementadas depois da onda de protestos desencadeada em junho de 2013 por diferentes reivindicações sociais, como os "cinco pactos", entre os quais destacou mais recursos para a educação, vindos do pré-sal.

Mas admitiu que a reforma política proposta dentro desses cinco pactos parou no Congresso e sugeriu um plebiscito para a população "porque é um assunto central para acabar com a corrupção e a sonegação".

O enfrentamento à crise econômica internacional, "sem reduzir salários nem aumentar impostos", foi outro dos pontos destacados por Dilma, que também se referiu à política externa do país com ênfase no fortalecimento das relações com a África e a América Latina principalmente.

Já Aécio, por sua vez, buscou ressaltar a diferença entre os projetos políticos de seu partido, PSDB, e os do PT.

E se colocou a favor de uma "política econômica" que enfrente a "inflação e o baixo crescimento" dos últimos anos.

O ex-governador de Minas foi enfático ao afirmar que caso seja eleito presidente abortará o projeto do trem bala entre São Paulo e Rio de Janeiro.

"Com um orçamento desses, poderemos melhorar a mobilidade em pelo menos dez de nossas grandes cidades", justificou.

Segundo uma pesquisa divulgada hoje pelo Ibope, Dilma venceria o primeiro turno, em 5 de outubro, com 34%, seguida por Marina, que com 29% relegaria Aécio Neves ao terceiro lugar, com 19%.

Esses resultados forçariam um segundo turno, previsto para 26 de outubro, no qual Marina, com 45% venceria Dilma, que obteria 36%.

Também participaram outros quatro candidatos, cujas intenções de voto não chegam aos 2%: Luciana Genro, Eduardo Jorge, Levy Fidelix e Pastor Everaldo.

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