Citado em inquérito, consultor nega ligação com cartel
José Amaro Pinto Ramos é citado nas investigações do Brasil, mas não está indiciado. Para a Polícia Federal, Ramos é um lobista
Da Redação
Publicado em 21 de dezembro de 2013 às 08h29.
São Paulo - O consultor José Amaro Pinto Ramos carrega na pequena pasta de mão uma certidão da Justiça da Suíça que o exclui de envolvimento com o cartel de trens. "Nada consta", informa o documento, emitido a 19 de setembro pela Corte de Berna. "Nunca fui indiciado", afirma Ramos, de 77 anos, próximo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e de Sérgio Motta, ex-ministro das Comunicações de FHC que morreu em 1998.
Tais relações renderam a Ramos o rótulo "amigo dos tucanos".
Para a Polícia Federal, Ramos é um lobista. Ele é citado nas investigações do Brasil, mas não está indiciado. Os investigadores chegaram a pedir o bloqueio de valores da Epcint Assessoria Técnica, dirigida pelo consultor, mas a medida foi rejeitada pela Justiça.
Ao Estado de S. Paulo, nesta sexta-feira, ele falou sobre suas atividades e as relações com o também consultor Arthur Teixeira, suspeito de intermediar propinas do cartel e de ser o lobista do esquema. Teixeira foi enquadrado criminalmente por lavagem de dinheiro, corrupção, crime financeiro e formação de cartel. Na Suíça, foi indiciado porque teria repassado propina da multinacional francesa Alstom para a conta de um ex-diretor da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Ramos admite ter feito negócios "até 1998" com Teixeira, mas ressalta que eles foram legais. Os negócios envolviam o setor de trens paulista.
Em que circunstâncias o sr. foi investigado na Suíça?
Nunca fui indiciado. Havia um trabalho do Ministério Público suíço em relação a atividades da Alstom em vários países. Um advogado meu na Suíça foi ver o que tinha. O procurador do caso disse que queria fazer perguntas a mim, foi em meados de 2011 e que estava encerrando o caso Alstom. Pensei: se ele quer fazer perguntas para mim e quer esperar o fim do caso Alstom, não deve ser sobre o caso Alstom. Eles anunciam em setembro de 2011 o fim da investigação. A Alstom foi condenada por ações de corrupção em três países. Nada sobre o Brasil. Me deram um questionário com uma série de perguntas, nenhuma delas envolvendo corrupção. O procurador declarou formalmente que não foi encontrado nenhum ato delituoso da minha parte. Arquivou o processo. Não dá prosseguimento.
O sr. fez acordo, depositou valores para o caso ser arquivado?
Não. Tenho guardada comigo a certidão (mostra cópia do "nada consta"). Significa que se eu tivesse tido alguma condenação, apareceria. Significa que sou primário. Não tenho nada. É mais do que nada consta. É até agora nada consta. Todo papel com o nome de gente eles investigaram. Queriam saber que vinculação a Epcint tinha com o sr. Arthur. Ele nunca pertenceu à Epcint.
Como o sr. o conheceu?
Ele era um dos diretores industriais mais importantes do Brasil, na Mecânica Pesada. Ele se aposenta em 1985 e cria uma empresa. Nós usávamos essa empresa no tempo do Banco Francês de Comércio Exterior para verificação de processos industriais ocorridos nos créditos compradores. Se tenho que verificar se uma coisa foi realizada, ele fazia.
O Ministério Público da Suíça enviou ao Brasil um documento no qual diz que Arthur Teixeira era seu sócio na Epcint. O sr. nunca foi sócio dele?
Nunca. Eu o conheci muito bem. Eram pessoas muito agradáveis. Mas sócios não.
Como se conheceram?
Nas negociações de operações. (Arthur) é um extraordinário engenheiro. Eu acabei passando um pouco mais para o lado da engenharia pela natureza da minha atividade financeira. Nós dependíamos da realização dos contratos. É diferente do empréstimo. O empréstimo eu lhe dou dinheiro, se o sr. torra ou não é seu problema, vai ter que me pagar. Mas quando dou um crédito comprador, tem que sair um produto, porque esse crédito é subsidiado pelo governo francês. Se eu produzo, tem que ser fabricado. Então eu tenho que acompanhar, o banco tem que saber. O banco, no Brasil, não tinha ninguém, tinha nós. O Banco Francês de Comercio Exterior aqui tinha um delegado e uma secretária. Às vezes com milhões de dólares de crédito para acompanhar. Essa era a nossa tarefa, foi o que eu fiz. Aí começam a aparecer as lendas. "(Amaro Ramos) está em todos os negócios". Tô! Tudo que é negocio financiado com empréstimo do banco francês eu estou. Com as empresas e seus concorrentes. A Alstom e os concorrentes dela. Não estou trabalhando para uma empresa. Estou trabalhando para um banco que emprestou para um comprador que usou o dinheiro para pagar essas empresas.
Em qual período?
De 1974 a 1998. Começou a morrer para mim em 1996. Vai acabar em 1998. Em 1998 eu começo a negociar com um cliente, que tinha contrato com o banco. A minha empresa se torna agente exclusivo. Eu não ia visitar os clientes do banco. A minha tarefa não era essa. Eu não ia no Metrô, na CMTC, na CBTU. Eu não ia nessas empresas, não tinha o que fazer nelas. Mas eu não tinha relação.
Como surgiu o rótulo de amigos dos tucanos?
Foi por ocasião de um jantar na posse do Clinton (Bill Clinton, presidente dos EUA), onde estava o Fernando (Henrique Cardoso). Em 1967 abri uma empresa para estudos de viabilidade e de planejamento urbano. Uma época em que os municípios só recebiam verbas federais se tivessem um plano de desenvolvimento. Nessa empresa, pequena, o Sérgio (Motta) eu contratei como engenheiro-chefe. Ele era o cabeça. Eu tinha dois sócios que não participavam da empresa e queriam resultado. Não rendia. Rompi com os sócios, fui embora e o Sérgio saiu com a equipe dele. A empresa quebrou.
Ele não foi sócio?
Foi funcionário. Essa empresa era a Sociplan, Sociedade Civil de Planejamento. O Sérgio saiu. E a minha vida também muda. Nesse momento começo a me interessar sobre os financiamentos que já tinha aprendido e entro no banco francês. Tomamos caminhos diferentes.
A Epcint?
Criei para esse fim de acompanhamento dos sócios fundamentais. Era eu e eu mesmo. Por muito tempo fui sócio único. Estudos das viabilidades dos projetos que o BFCE queria financiar. E depois o acompanhamento. Vi com muita preocupação o pedido de bloqueio de valores da Epcint. Não vou fazer comentários sobre a função do delegado, compete a ele investigar. No momento em que eu possa dizer alguma coisa, darei a ele as informações.
Fez negócios com Teixeira?
Sim. Nessa época ele recebia por tarefas realizadas por nós. Teoricamente podia ser de 1987 a 1996 ou 1997. Mas infelizmente não é, porque não teve negócios nesse período. Vai aparecer de 1994 a 1998, mais ou menos. Ele entrava como consultor industrial de uma maneira geral, não só ferroviário. Qualquer coisa que aparecesse e o banco estivesse financiando. Mas quando os americanos conseguem mudar os títulos de créditos franceses nós não tínhamos mais vantagem. Estávamos todos em condições de igualdade, americanos, alemães. Então a nossa mercadoria teve muito peso até 1996. Depois...Sobre o sr. Arthur estamos falando de créditos compradores outorgados ou sinistros, operações que estão penduradas e precisam ser corrigidas. A operação da Mafersa, que só vai ser retomada em 1998, e aí eu tô fora, e a partir daí não estou mais. E os componentes franceses de uma operação feita com a Espanha. Os franceses fornecem pedaços de um trem espanhol. Cuidado que têm vários trens espanhóis nas ferrovias aí. E tem o famoso trem espanhol que foi importado da Espanha diretamente pelo (Mário) Covas, mas que na verdade foi uma venda direta da Renfe para o governo de São Paulo. E tem um trem que é vendido em 1994 e 1995 e vai ser entregue em 2000, 2001, se não me engano.
Sobre a Mafersa o que houve?
Foi um contrato da compra de 22 trens, o trabalho nosso foi conseguir esse crédito. Ela permitiu que o downpayment fosse feito e pago. Mas aí a operação ficou suspensa. Válida, em vigor, mas suspensa. Porque os contratos dependem de ordem de serviço. Não foi dada a ordem de serviço, ficou no ar. Foi retomado em 1998 e deve ter sido completado em 2000, 2001.
O sr. fez intermediação com projetos do governo federal?
Nenhum. A minha relação com o governo federal... Como funcionavam os créditos compradores? O Estado ou a federação compravam alguma coisa. A outorga depende de aval. A interlocução maior nossa era na Fazenda, no Planejamento, no Senado.
Conhece Everton Rheinheimer, delator do caso Siemens?
Não.
O sr. teve como sócios a HHC, do Panamá, e a Rio Tranquilo, do Uruguai. O que elas fazem?
Só tenho um sócio, a Rio Tranquilo, tinha outra atividade. Achávamos que íamos entrar no setor imobiliário. Achei um sócio. Mas fizemos uma operação só. Com a Rio Tranquilo temos um projeto novo. Mas não tem nada a ver com governo. A Epcint hoje é uma mera holding. A minha atividade fundamental é uma outra empresa, a Vitrus. A Epcint hoje é uma empresa parada, morta. Vai ressurgir com esse pequeno negócio que estamos montando. Hoje tenho dois sócios, duas empresas francesas.
Um delator diz que o sr. era o lobista do mercado de trens antes de Teixeira.
A palavra lobista é muito usada pela imprensa, infelizmente. As pessoas precisam ter uma ideia do que é uma transação de bens de capital sob encomenda. As coisas não andam sozinhas.
São Paulo - O consultor José Amaro Pinto Ramos carrega na pequena pasta de mão uma certidão da Justiça da Suíça que o exclui de envolvimento com o cartel de trens. "Nada consta", informa o documento, emitido a 19 de setembro pela Corte de Berna. "Nunca fui indiciado", afirma Ramos, de 77 anos, próximo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e de Sérgio Motta, ex-ministro das Comunicações de FHC que morreu em 1998.
Tais relações renderam a Ramos o rótulo "amigo dos tucanos".
Para a Polícia Federal, Ramos é um lobista. Ele é citado nas investigações do Brasil, mas não está indiciado. Os investigadores chegaram a pedir o bloqueio de valores da Epcint Assessoria Técnica, dirigida pelo consultor, mas a medida foi rejeitada pela Justiça.
Ao Estado de S. Paulo, nesta sexta-feira, ele falou sobre suas atividades e as relações com o também consultor Arthur Teixeira, suspeito de intermediar propinas do cartel e de ser o lobista do esquema. Teixeira foi enquadrado criminalmente por lavagem de dinheiro, corrupção, crime financeiro e formação de cartel. Na Suíça, foi indiciado porque teria repassado propina da multinacional francesa Alstom para a conta de um ex-diretor da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Ramos admite ter feito negócios "até 1998" com Teixeira, mas ressalta que eles foram legais. Os negócios envolviam o setor de trens paulista.
Em que circunstâncias o sr. foi investigado na Suíça?
Nunca fui indiciado. Havia um trabalho do Ministério Público suíço em relação a atividades da Alstom em vários países. Um advogado meu na Suíça foi ver o que tinha. O procurador do caso disse que queria fazer perguntas a mim, foi em meados de 2011 e que estava encerrando o caso Alstom. Pensei: se ele quer fazer perguntas para mim e quer esperar o fim do caso Alstom, não deve ser sobre o caso Alstom. Eles anunciam em setembro de 2011 o fim da investigação. A Alstom foi condenada por ações de corrupção em três países. Nada sobre o Brasil. Me deram um questionário com uma série de perguntas, nenhuma delas envolvendo corrupção. O procurador declarou formalmente que não foi encontrado nenhum ato delituoso da minha parte. Arquivou o processo. Não dá prosseguimento.
O sr. fez acordo, depositou valores para o caso ser arquivado?
Não. Tenho guardada comigo a certidão (mostra cópia do "nada consta"). Significa que se eu tivesse tido alguma condenação, apareceria. Significa que sou primário. Não tenho nada. É mais do que nada consta. É até agora nada consta. Todo papel com o nome de gente eles investigaram. Queriam saber que vinculação a Epcint tinha com o sr. Arthur. Ele nunca pertenceu à Epcint.
Como o sr. o conheceu?
Ele era um dos diretores industriais mais importantes do Brasil, na Mecânica Pesada. Ele se aposenta em 1985 e cria uma empresa. Nós usávamos essa empresa no tempo do Banco Francês de Comércio Exterior para verificação de processos industriais ocorridos nos créditos compradores. Se tenho que verificar se uma coisa foi realizada, ele fazia.
O Ministério Público da Suíça enviou ao Brasil um documento no qual diz que Arthur Teixeira era seu sócio na Epcint. O sr. nunca foi sócio dele?
Nunca. Eu o conheci muito bem. Eram pessoas muito agradáveis. Mas sócios não.
Como se conheceram?
Nas negociações de operações. (Arthur) é um extraordinário engenheiro. Eu acabei passando um pouco mais para o lado da engenharia pela natureza da minha atividade financeira. Nós dependíamos da realização dos contratos. É diferente do empréstimo. O empréstimo eu lhe dou dinheiro, se o sr. torra ou não é seu problema, vai ter que me pagar. Mas quando dou um crédito comprador, tem que sair um produto, porque esse crédito é subsidiado pelo governo francês. Se eu produzo, tem que ser fabricado. Então eu tenho que acompanhar, o banco tem que saber. O banco, no Brasil, não tinha ninguém, tinha nós. O Banco Francês de Comercio Exterior aqui tinha um delegado e uma secretária. Às vezes com milhões de dólares de crédito para acompanhar. Essa era a nossa tarefa, foi o que eu fiz. Aí começam a aparecer as lendas. "(Amaro Ramos) está em todos os negócios". Tô! Tudo que é negocio financiado com empréstimo do banco francês eu estou. Com as empresas e seus concorrentes. A Alstom e os concorrentes dela. Não estou trabalhando para uma empresa. Estou trabalhando para um banco que emprestou para um comprador que usou o dinheiro para pagar essas empresas.
Em qual período?
De 1974 a 1998. Começou a morrer para mim em 1996. Vai acabar em 1998. Em 1998 eu começo a negociar com um cliente, que tinha contrato com o banco. A minha empresa se torna agente exclusivo. Eu não ia visitar os clientes do banco. A minha tarefa não era essa. Eu não ia no Metrô, na CMTC, na CBTU. Eu não ia nessas empresas, não tinha o que fazer nelas. Mas eu não tinha relação.
Como surgiu o rótulo de amigos dos tucanos?
Foi por ocasião de um jantar na posse do Clinton (Bill Clinton, presidente dos EUA), onde estava o Fernando (Henrique Cardoso). Em 1967 abri uma empresa para estudos de viabilidade e de planejamento urbano. Uma época em que os municípios só recebiam verbas federais se tivessem um plano de desenvolvimento. Nessa empresa, pequena, o Sérgio (Motta) eu contratei como engenheiro-chefe. Ele era o cabeça. Eu tinha dois sócios que não participavam da empresa e queriam resultado. Não rendia. Rompi com os sócios, fui embora e o Sérgio saiu com a equipe dele. A empresa quebrou.
Ele não foi sócio?
Foi funcionário. Essa empresa era a Sociplan, Sociedade Civil de Planejamento. O Sérgio saiu. E a minha vida também muda. Nesse momento começo a me interessar sobre os financiamentos que já tinha aprendido e entro no banco francês. Tomamos caminhos diferentes.
A Epcint?
Criei para esse fim de acompanhamento dos sócios fundamentais. Era eu e eu mesmo. Por muito tempo fui sócio único. Estudos das viabilidades dos projetos que o BFCE queria financiar. E depois o acompanhamento. Vi com muita preocupação o pedido de bloqueio de valores da Epcint. Não vou fazer comentários sobre a função do delegado, compete a ele investigar. No momento em que eu possa dizer alguma coisa, darei a ele as informações.
Fez negócios com Teixeira?
Sim. Nessa época ele recebia por tarefas realizadas por nós. Teoricamente podia ser de 1987 a 1996 ou 1997. Mas infelizmente não é, porque não teve negócios nesse período. Vai aparecer de 1994 a 1998, mais ou menos. Ele entrava como consultor industrial de uma maneira geral, não só ferroviário. Qualquer coisa que aparecesse e o banco estivesse financiando. Mas quando os americanos conseguem mudar os títulos de créditos franceses nós não tínhamos mais vantagem. Estávamos todos em condições de igualdade, americanos, alemães. Então a nossa mercadoria teve muito peso até 1996. Depois...Sobre o sr. Arthur estamos falando de créditos compradores outorgados ou sinistros, operações que estão penduradas e precisam ser corrigidas. A operação da Mafersa, que só vai ser retomada em 1998, e aí eu tô fora, e a partir daí não estou mais. E os componentes franceses de uma operação feita com a Espanha. Os franceses fornecem pedaços de um trem espanhol. Cuidado que têm vários trens espanhóis nas ferrovias aí. E tem o famoso trem espanhol que foi importado da Espanha diretamente pelo (Mário) Covas, mas que na verdade foi uma venda direta da Renfe para o governo de São Paulo. E tem um trem que é vendido em 1994 e 1995 e vai ser entregue em 2000, 2001, se não me engano.
Sobre a Mafersa o que houve?
Foi um contrato da compra de 22 trens, o trabalho nosso foi conseguir esse crédito. Ela permitiu que o downpayment fosse feito e pago. Mas aí a operação ficou suspensa. Válida, em vigor, mas suspensa. Porque os contratos dependem de ordem de serviço. Não foi dada a ordem de serviço, ficou no ar. Foi retomado em 1998 e deve ter sido completado em 2000, 2001.
O sr. fez intermediação com projetos do governo federal?
Nenhum. A minha relação com o governo federal... Como funcionavam os créditos compradores? O Estado ou a federação compravam alguma coisa. A outorga depende de aval. A interlocução maior nossa era na Fazenda, no Planejamento, no Senado.
Conhece Everton Rheinheimer, delator do caso Siemens?
Não.
O sr. teve como sócios a HHC, do Panamá, e a Rio Tranquilo, do Uruguai. O que elas fazem?
Só tenho um sócio, a Rio Tranquilo, tinha outra atividade. Achávamos que íamos entrar no setor imobiliário. Achei um sócio. Mas fizemos uma operação só. Com a Rio Tranquilo temos um projeto novo. Mas não tem nada a ver com governo. A Epcint hoje é uma mera holding. A minha atividade fundamental é uma outra empresa, a Vitrus. A Epcint hoje é uma empresa parada, morta. Vai ressurgir com esse pequeno negócio que estamos montando. Hoje tenho dois sócios, duas empresas francesas.
Um delator diz que o sr. era o lobista do mercado de trens antes de Teixeira.
A palavra lobista é muito usada pela imprensa, infelizmente. As pessoas precisam ter uma ideia do que é uma transação de bens de capital sob encomenda. As coisas não andam sozinhas.