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Citado em 2 inquéritos, Temer não será investigado

Como presidente, Temer tem "imunidade temporária" e não pode ser julgado por fatos anteriores ao mandato

Michel Temer: um dos inquéritos que cita Temer tem como alvo dois ministros do governo (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Michel Temer: um dos inquéritos que cita Temer tem como alvo dois ministros do governo (Fernando Frazão/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de abril de 2017 às 09h32.

Última atualização em 12 de abril de 2017 às 15h58.

O presidente da República, Michel Temer (PMDB), é citado em dois inquéritos encaminhados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), mas não será investigado em razão da "imunidade temporária" que detém na condição de chefe do Executivo.

Um dos inquéritos tem como alvos os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência que, segundo informações trazidas por seis delatores, cobraram propina para irrigar campanhas eleitorais em nome do PMDB e de Michel Temer.

Neste inquérito foram incluídas as informações do delator Cláudio Melo Filho sobre um jantar, em 28 de maio de 2014, que reuniu Marcelo Odebrecht, Eliseu Padilha e Michel Temer, no Palácio do Jaburu.

Ali teria sido feito um pedido de repasse de R$ 10 milhões, sob pretexto de financiar a campanha eleitoral de 2014.

Segundo a PGR, o ex-presidente e herdeiro do grupo, Marcelo Odebrecht, confirmou o pedido e declarou que R$ 6 milhões seriam destinados a Paulo Skaf e outros R$ 4 milhões a Eliseu Padilha.

O outro inquérito em que Temer é citado foi aberto para investigar o senador Humberto Costa (PT). Segundo o resumo do ministro Edson Fachin, seis colaboradores narraram a ocorrência de solicitação de vantagem indevida, por parte de agentes públicos vinculados à Petrobrás.

Além de Temer e de Humberto Costa, são citados o ex-deputado Eduardo Cunha, a ex-presidente Dilma Rousseff e a ex-presidente da Petrobrás Graça Foster.

"A investigação deve tramitar em conexão com a do senador Humberto Costa, com exceção do atual presidente da República, Michel Temer. Isso porque ele possui imunidade temporária à persecução penal", disse Janot no pedido de abertura de inquérito.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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