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Circulação na Linha 3-Vermelha é normalizada

Após colisão na Zona Leste, trens voltam a circular. Acidente deixou mais de trinta feridos, afetou outras linhas de metrô e causou congestionamento

Maquinista e sindicatos dos metroviários apontaram falha mecânica (Sergio Berenovsky/Dedoc/Reprodução)
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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2012 às 15h04.

A circulação na Linha 3-Vermelha do Metrô foi normalizada às 14h20 desta quarta-feira. Por volta de 9h50, dois trens bateram próximo à estação Carrão, na Zona Leste da capital paulista. Segundo o Corpo de Bombeiros, pelo menos 33 pessoas ficaram feridas. Por causa da batida, a circulação dos trens na linha está sendo realizada somente entre as estações Palmeiras/Barra Funda e Tatuapé, causando transtornos a milhares de passageiros - cerca de 1,5 milhão de pessoas utilizam a Linha 3-Vermelha por dia.

O secretário de Transportes, Jurandir Fernandes, esteve no local do acidente. Segundo ele, a colisão ocorreu quando um trem bateu na traseira de outro, que estava parado. Alguns passageiros disseram que uma das composições estava vazia, mas a informação não foi confirmada pela secretaria. Fernandes descreveu a colisão como um "acoplamento mais forte". "Houve um engate que nós estimamos que ocorreu entre 9 e 12 quilômetros por hora. Até 9 quilômetros é um engate normal", explicou.

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Os dois trens estão sendo levados para o estacionamento da estação Penha, onde há uma oficina do Metrô. Técnicos da Comissão Permanente de Segurança (Copese) do Metrô estiveram no local e vão investigar as caixas-pretas das composições, além de analisar as filmagens e fotos.

As causas do acidente ainda estão sendo investigadas."Também queremos saber o que aconteceu. O trem não estava parado no lugar errado e não estamos trabalhando com a hipótese de falha humana", disse Fernandes. Mais cedo, o Major Fábio Barbieri, do Corpo de Bombeiros disse que uma falha no funcionamento do sensor que detecta a aproximação de obstáculos pode ter sido a causa da colisão entre as duas composições. Segundo ele, a informação foi passada por um maquinista. O sindicato dos metroviários apontou falha mecânica.

De acordo com o Major Barbieri, quando o Corpo de Bombeiros chegou ao local os passageiros estavam em pânico porque não conseguiram abrir as janelas de emergência. Só deixaram as composições depois de forçarem as portas convencionais. Cerca de cem pessoas, entre homens do Corpo de Bombeiros, agentes do SAMU e da Defesa Civil forneceram atendimento médico aos feridos.

Segundo Barbieri, 33 pessoas ficaram feridas no acidente - duas com suspeita de traumatismo craniano e lesão cerebral moderada - e foram levadas para três hospitais. Uma mulher grávida, embora não tenha ficado ferida, também foi levada para o hospital por estar abalada emocionalmente.


Resgate - Ainda não se sabe quantas pessoas estavam no trem que bateu. Ao todo, cem pessoas, entre homens do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil e do SAMU trabalham no resgate. De acordo com Barbieri, houve pânico entre os passageiros, que não conseguiam abrir as janelas de emergência, e dificuldade de atendimento por causa do local da batida - embaixo de um viaduto.

Para atender aos usuários no trecho entre as estações Tatuapé e Corinthians/Itaquera, o Metrô acionou o serviço emergencial PAESE e mantém integração gratuita com a CPTM nas estações Tatuapé e Corinthians/Itaquera. Segundo o Metrô, os trens da Linha 1-Azul passaram a circular com velocidade reduzida devido ao acidente. Somente ao meio dia, a circulação na linha Dois – Verde passou a funcionar normalmente. Ainda não há previsão para normalizar o serviço no sistema.

O trânsito ficou congestionando na Radial Leste durante toda a manhã e início da tarde. Segundo a CET, por volta de 10 horas havia 75 quilômetros de congestionamento na capital paulista. Às 11 horas, o total de congestionamento registrado era de 69 quilômetros na cidade.

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