5 provas da força do e-commerce no Brasil
Entenda como o comércio eletrônico evoluiu no país nos últimos anos
Da Redação
Publicado em 27 de novembro de 2015 às 18h07.
Em 2015, o comércio eletrônico completou 20 anos no Brasil. Apesar da história recente, as vendas online já movimentam 40 bilhões de reais por ano e crescem a um ritmo acelerado mesmo num momento de economia desaquecida.
Só no primeiro semestre de 2015, o faturamento do e-commerce foi de 18,6 bilhões de reais, 16% maior que no mesmo período de 2014. Os dados são da E-bit, empresa que compila informações sobre o e-commerce no Brasil desde 2000. No mesmo período, o varejo convencional cresceu 4,2%, segundo o IBGE.
A tendência é que o e-commerce continue em ascensão. “Hoje as vendas online representam cerca de 3% do varejo total no Brasil”, diz Pedro Guasti, cofundador da E-bit. “Nos próximos cinco anos, estimamos que essa participação chegue a 10%.”
Conheça cinco fatos recentes que ajudam a entender o potencial do comércio eletrônico no país.
1. Mais de 10% das transações já são feitas por meio de smartphones e tablets
O consumidor online brasileiro está cada vez mais acostumado a fazer compras com seus dispositivos móveis. No primeiro semestre de 2015, mais de 10% das transações foram feitas a partir de smartphones e tablets.
No mesmo período do ano passado, essa participação era de 4,8%. “Nossa previsão é que smartphones e tablets podem responder por 15% das vendas ainda em 2015”, diz Guasti.
Hoje, quase 40% dos acessos aos maiores sites de e-commerce do país já vêm de dispositivos móveis.
Para Rafael Jakubowski, sócio da agência especializada em estratégia digital Sanders, essa é uma boa notícia para os lojistas, mas desde que invistam em certificações de segurança em seus sites. “A conversão em dispositivos móveis é cerca de 30% mais alta entre o grupo de consumidores que optam por gravar seus dados de pagamento desde a primeira compra”, diz Jakubowski. Daí a necessidade de reforçar a segurança, para manter a salvo os dados bancários registrados no celular.
2. Black Friday ultrapassa o Natal e já é o período mais quente do ano em vendas
A Black Friday, ação de marketing do comércio que começou nos Estados Unidos e que acontece há quatro anos no Brasil, sempre na última sexta-feira do mês de novembro, já se tornou o evento mais importante no calendário do e-commerce do país.
Por conta das promoções da Black Friday, o mês de novembro já responde pelo maior volume de vendas do ano desde 2013, segundo a empresa de meios de pagamento Braspag.
A edição de 2015, que aconteceu na última sexta-feira, 27, bateu novos recordes. Segundo a E-bit, o faturamento chegou a 1,6 bilhão de reais. É um crescimento de 38% em relação a 2014. No total, foram feitos mais de 2,7 milhões de pedidos, um acréscimo de 24% na comparação com o ano passado. O ticket médio também aumentou 11%, chegando a 580 reais.
Tradicionalmente, o movimento se mantém alto no sábado. Levantamento da Braspag mostra que as vendas online no sábado posterior à Black Friday crescem quase 200% em relação a um sábado normal.
A megapromoção mudou os padrões de vendas do e-commerce. “Historicamente, o mês de novembro era morno para o comércio eletrônico”, diz Gastão Mattos, presidente da Braspag. “Em volume de vendas, meses como março, junho e dezembro eram mais fortes.”
Segundo a pesquisa do Google, 82% das pessoas que compraram produtos na Black Friday em 2014 disseram ter interesse em participar da promoção de 2015.
3. Consumidor digital tem em média 43 anos, mas jovens ganham força
Quase 40% das compras na internet no Brasil são feitas por consumidores de 35 a 49 anos de idade. A faixa etária média foi de 43 anos no primeiro semestre de 2015, e aumentou 1 ano em relação ao mesmo período do ano anterior
“Além da renda mais elevada, pessoas nessa faixa etária costumam fazer pesquisas de preço online antes de fazer compras”, diz Jakubowski.
De acordo com dados da Comscore, mais da metade da população com acesso à rede tem menos de 35 anos. Segundo os especialistas, boa parte desses jovens faz compras online com o cartão dos pais. Isso revela uma oportunidade. “Lojas virtuais que se preocupam em se adaptar aos consumidores jovens, fornecendo integração com as redes sociais, por exemplo, têm tudo para conquistar um grande mercado”, diz Jakubowski.
4. Vendas online devem crescer 15% em 2015
O comércio eletrônico brasileiro é um dos mais vigorosos do mundo. Cresceu em média 39%, entre 2002 e 2014, segundo dados dos relatórios Webshoppers, da E-bit.
Em 2015, mesmo com a crise econômica e a perspectiva de encolhimento do PIB, a previsão é que o mercado de compras online avance 15% em relação ao ano passado, ultrapassando 40 bilhões de reais em vendas.
Atualmente, o Brasil ocupa a 21ª posição no ranking mundial de vendas online, logo abaixo da Noruega. O ranking global é liderado por Estados Unidos, China, Reino Unido e Japão.
Segundo dados da consultoria ATKearney, as vendas mundiais do varejo pela internet somaram quase 840 bilhões de dólares em 2014. Em 2015, a previsão é de um avanço de 18%, chegando a quase 1 trilhão de dólares.
5. Moda e acessórios dominam o carrinho de compras
Hoje, 15% do volume de vendas no comércio eletrônico brasileiro são de roupas e acessórios. Em seguida aparecem eletrodomésticos, celulares e itens de saúde e cosméticos.
As vendas de roupas e acessórios estão no topo do ranking desde 2013. Para Jakubowski, da Sanders, isso mostra como as empresas vêm se adaptando aos hábitos de compra dos brasileiros. “No começo, muita gente se sentia desconfortável ao comprar roupa sem provar”, diz ele. “Com o tempo, as marcas aperfeiçoaram a experiência de compra online ao investir em boas fotos e vídeos e dar mais informações sobre tamanhos.”
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Só no primeiro semestre de 2015, o faturamento do e-commerce foi de 18,6 bilhões de reais, 16% maior que no mesmo período de 2014. Os dados são da E-bit, empresa que compila informações sobre o e-commerce no Brasil desde 2000. No mesmo período, o varejo convencional cresceu 4,2%, segundo o IBGE.
A tendência é que o e-commerce continue em ascensão. “Hoje as vendas online representam cerca de 3% do varejo total no Brasil”, diz Pedro Guasti, cofundador da E-bit. “Nos próximos cinco anos, estimamos que essa participação chegue a 10%.”
Conheça cinco fatos recentes que ajudam a entender o potencial do comércio eletrônico no país.
1. Mais de 10% das transações já são feitas por meio de smartphones e tablets
O consumidor online brasileiro está cada vez mais acostumado a fazer compras com seus dispositivos móveis. No primeiro semestre de 2015, mais de 10% das transações foram feitas a partir de smartphones e tablets.
No mesmo período do ano passado, essa participação era de 4,8%. “Nossa previsão é que smartphones e tablets podem responder por 15% das vendas ainda em 2015”, diz Guasti.
Hoje, quase 40% dos acessos aos maiores sites de e-commerce do país já vêm de dispositivos móveis.
Para Rafael Jakubowski, sócio da agência especializada em estratégia digital Sanders, essa é uma boa notícia para os lojistas, mas desde que invistam em certificações de segurança em seus sites. “A conversão em dispositivos móveis é cerca de 30% mais alta entre o grupo de consumidores que optam por gravar seus dados de pagamento desde a primeira compra”, diz Jakubowski. Daí a necessidade de reforçar a segurança, para manter a salvo os dados bancários registrados no celular.
2. Black Friday ultrapassa o Natal e já é o período mais quente do ano em vendas
A Black Friday, ação de marketing do comércio que começou nos Estados Unidos e que acontece há quatro anos no Brasil, sempre na última sexta-feira do mês de novembro, já se tornou o evento mais importante no calendário do e-commerce do país.
Por conta das promoções da Black Friday, o mês de novembro já responde pelo maior volume de vendas do ano desde 2013, segundo a empresa de meios de pagamento Braspag.
A edição de 2015, que aconteceu na última sexta-feira, 27, bateu novos recordes. Segundo a E-bit, o faturamento chegou a 1,6 bilhão de reais. É um crescimento de 38% em relação a 2014. No total, foram feitos mais de 2,7 milhões de pedidos, um acréscimo de 24% na comparação com o ano passado. O ticket médio também aumentou 11%, chegando a 580 reais.
Tradicionalmente, o movimento se mantém alto no sábado. Levantamento da Braspag mostra que as vendas online no sábado posterior à Black Friday crescem quase 200% em relação a um sábado normal.
A megapromoção mudou os padrões de vendas do e-commerce. “Historicamente, o mês de novembro era morno para o comércio eletrônico”, diz Gastão Mattos, presidente da Braspag. “Em volume de vendas, meses como março, junho e dezembro eram mais fortes.”
Segundo a pesquisa do Google, 82% das pessoas que compraram produtos na Black Friday em 2014 disseram ter interesse em participar da promoção de 2015.
3. Consumidor digital tem em média 43 anos, mas jovens ganham força
Quase 40% das compras na internet no Brasil são feitas por consumidores de 35 a 49 anos de idade. A faixa etária média foi de 43 anos no primeiro semestre de 2015, e aumentou 1 ano em relação ao mesmo período do ano anterior
“Além da renda mais elevada, pessoas nessa faixa etária costumam fazer pesquisas de preço online antes de fazer compras”, diz Jakubowski.
De acordo com dados da Comscore, mais da metade da população com acesso à rede tem menos de 35 anos. Segundo os especialistas, boa parte desses jovens faz compras online com o cartão dos pais. Isso revela uma oportunidade. “Lojas virtuais que se preocupam em se adaptar aos consumidores jovens, fornecendo integração com as redes sociais, por exemplo, têm tudo para conquistar um grande mercado”, diz Jakubowski.
4. Vendas online devem crescer 15% em 2015
O comércio eletrônico brasileiro é um dos mais vigorosos do mundo. Cresceu em média 39%, entre 2002 e 2014, segundo dados dos relatórios Webshoppers, da E-bit.
Em 2015, mesmo com a crise econômica e a perspectiva de encolhimento do PIB, a previsão é que o mercado de compras online avance 15% em relação ao ano passado, ultrapassando 40 bilhões de reais em vendas.
Atualmente, o Brasil ocupa a 21ª posição no ranking mundial de vendas online, logo abaixo da Noruega. O ranking global é liderado por Estados Unidos, China, Reino Unido e Japão.
Segundo dados da consultoria ATKearney, as vendas mundiais do varejo pela internet somaram quase 840 bilhões de dólares em 2014. Em 2015, a previsão é de um avanço de 18%, chegando a quase 1 trilhão de dólares.
5. Moda e acessórios dominam o carrinho de compras
Hoje, 15% do volume de vendas no comércio eletrônico brasileiro são de roupas e acessórios. Em seguida aparecem eletrodomésticos, celulares e itens de saúde e cosméticos.
As vendas de roupas e acessórios estão no topo do ranking desde 2013. Para Jakubowski, da Sanders, isso mostra como as empresas vêm se adaptando aos hábitos de compra dos brasileiros. “No começo, muita gente se sentia desconfortável ao comprar roupa sem provar”, diz ele. “Com o tempo, as marcas aperfeiçoaram a experiência de compra online ao investir em boas fotos e vídeos e dar mais informações sobre tamanhos.”
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