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CIDH condena massacre de presos em Roraima

Um confronto entre grupos rivais deixou 10 detentos mortos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo

Prisão: a CIDH pede ao Brasil que inicie uma "investigação para identificar e punir os responsáveis" (Richard Bouhet/AFP)

Prisão: a CIDH pede ao Brasil que inicie uma "investigação para identificar e punir os responsáveis" (Richard Bouhet/AFP)

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AFP

Publicado em 25 de outubro de 2016 às 20h41.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condenou nesta terça-feira o massacre de presos ocorrido no dia 16 de outubro em uma penitenciária de Roraima, e pediu que o Estado adote medidas para evitar novos incidentes desta natureza.

Um confronto entre grupos rivais deixou 10 detentos mortos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em um incidente que, a princípio, se atribuiu 25 vítimas fatais.

Em nota oficial, a CIDH pede ao Brasil que inicie uma "investigação para identificar e punir os responsáveis", e recorda que cabe ao Estado adotar as medidas necessárias para evitar que tais incidentes se repitam.

A entidade recorda que "este grave fato faz parte de um contexto de violência que prevalece nas prisões brasileiras, que geralmente estão com excesso de detentos".

A situação na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo é de tal gravidade que um promotor do estado de Roraima recomendou, apenas dois dias após o massacre, a demolição do estabelecimento como única solução viável, já que a prisão está fora de controle.

"A única solução é construir outra prisão. Se os presos quiserem, vão cometer outro massacre porque neste presídio não se consegue garantir a segurança de ninguém", advertiu o promotor Carlos Paixao de Oliveira.

Os confrontos na penitenciária em Roraima fazem parte de uma guerra entre as duas maiores facções do crime organizado no Brasil, o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o CV (Comando Vermelho).

No dia seguinte à revolta na Monte Cristo, a guerra se estendeu a uma prisão de Porto Velho, capital de Rondônia, onde mais oito pessoas morreram.

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