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Cidades terá corte de R$ 8,5 bi e Defesa, de R$ 4,3 bi

Ministra do Planejamento também anunciou que governo irá aumentar a fiscalização para impedir fraudes nos benefícios pagos pela Previdência

Os ministros Guido Mantega e Miriam Belchior detalham os cortes (Wilson Dias/ABr)

Os ministros Guido Mantega e Miriam Belchior detalham os cortes (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2011 às 13h59.

As despesas da União vão cair 1 ponto porcentual em relação ao PIB este ano, passando para 17,8% em 2011, de acordo com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Segundo detalhamento do corte de R$ 50 bilhões no Orçamento da União deste ano apresentado hoje, as despesas obrigatórias serão cortadas em R$ 15,762 bilhões, dos quais R$ 3,5 bilhões serão bloqueados em gastos com pessoal, por meio de auditoria para verificar desvios e fraudes.

O corte também atingirá R$ 2 bilhões em benefícios previdenciários e R$ 3 bilhões em abonos e seguro-desemprego. Segundo Miriam, a estratégia do governo também é combater fraudes nas concessões desses benefícios para alcançar o valor estipulado de contenção de gastos. Já as concessões de subsídios serão cortadas em R$ 8,9 bilhões em 2011.

Já as despesas discricionárias, aquelas que o governo pode dispor livremente, serão cortadas em R$ 36,2 bilhões. Os ministérios das Cidades e Defesa sofrerão os maiores cortes nominais, de R$ 8,5 bilhões e R$ 4,3 bilhões, respectivamente. Segundo Miriam, os ministérios do Turismo e Esportes sofrerão os maiores cortes proporcionais.

"Estamos garantindo a preservação dos investimentos e programas sociais. Os ministérios traçaram suas prioridades para chegarmos ao corte", completou a ministra.

A presidente Dilma Rousseff publicará amanhã o decreto com o corte do Orçamento e outro determinando a redução em 50% das diárias e passagens de autoridades do governo. Segundo a ministra do Planejamento, até mesmo as viagens de autoridades das áreas de polícia e fiscalização serão cortadas, mas em 25%.

Além disso, as viagens internacionais serão restritas a ministros de Estado, secretários-executivos de ministérios, secretários nacionais e presidentes de autarquias, dentro da cota de seus ministérios correspondentes. O decreto também limitará aluguel, aquisição e reforma de imóveis administrativos bem como a compra ou aluguel de veículos e equipamentos para esse fim.

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