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Cid Gomes negocia saída do PSB com Eduardo Campos

De malas prontas para deixar o PSB, Cid não quer que ele e seus seguidores sejam "perseguidos" pelo presidente do partido

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 21h56.

Brasília - O governador do Ceará, Cid Gomes, negociou na segunda-feira, 23, com o colega de Pernambuco, Eduardo Campos, a sua provável saída do PSB. "Eu disse ao Eduardo: ou a gente fica ou a gente sai em paz", contou Cid ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

De malas prontas para deixar o PSB, Cid não quer que ele e seus seguidores sejam "perseguidos" por Campos e foi esse o acerto feito com o governador de Pernambuco, presidente nacional do partido e pré-candidato ao Palácio do Planalto, em 2014. Na prática, Cid obteve de Campos o compromisso de que ele não lutaria para reaver os mandatos de quem saísse do PSB. "No nosso caso isso está pactuado. Se sairmos, nenhum mandato será questionado. Embora a meu juízo a melhor posição seja a saída, não posso antecipar nada sem ouvir os deputados e candidatos do meu partido", afirmou o governador do Ceará ao Broadcast.

Cid convocou reunião da Executiva Estadual do PSB para esta noite, com o objetivo de oficializar a decisão, mas o encontro ainda não terminou. O governador do Ceará apoia a candidatura da presidente Dilma Rousseff a um segundo mandato e entrou em rota de colisão com Campos, que pretende disputar a vaga no ano que vem.

Na semana passada, a Executiva Nacional do PSB decidiu entregar os cargos no governo Dilma, incluindo os dois ministérios controlados pelo partido (Integração Nacional e Portos). Cid foi voto vencido. "Eu acho que a hora de o PSB ter candidato próprio à Presidência da República não é agora. É 2018. Mas não sou quinta coluna. Não quero brigar com ninguém", argumentou ele.

O ministro da Integração, Fernando Bezerra, esteve no Planalto na última quinta-feira , 19, munido da carta de demissão, mas Dilma pediu a ele que ficasse mais uma semana no cargo.

Até agora, o mais cotado para ocupar a Integração é o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). Tradicionalmente, esse ministério sempre acaba controlado por um político do Nordeste. Cid disse ao Broadcast que o ministro dos Portos, Leônidas Cristino, seu afilhado político, também deve deixar a pasta, mesmo com a desfiliação do PSB.

No Palácio do Planalto, porém, o comentário é que o Ministério dos Portos continuará sob influência de Cid e de seu irmão Ciro Gomes, ex-ministro do governo Lula e atual secretário da Saúde do Ceará. Além dos ministérios, o PSB tem ainda as presidências da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), diretorias da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevaf), da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e do Banco do Nordeste.

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