Cid Gomes: Cid cogitou renunciar para que Ciro pudesse disputar a única vaga ao Senado que cabe ao Ceará esse ano (José Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2014 às 18h28.
Fortaleza - O governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), cumprirá seu mandato até o dia 31 de dezembro deste ano.
Com a permanência no governo, ele e o irmão, Ciro Gomes, ficam inelegíveis para as eleições de outubro deste ano.
Também torna-se mais distante o desejo da presidente Dilma Rousseff de contar com um palanque amplo no Ceará, unindo PROS, PT e PMDB.
A tendência é que os irmãos Gomes lancem um candidato do PROS à sucessão contra o senador Eunício Oliveira (PMDB), que lidera as pesquisas e se mostra firme em não recuar na candidatura ao governo.
Cid cogitou renunciar para que Ciro pudesse disputar a única vaga ao Senado que cabe ao Ceará esse ano.
Mas o vice-governador, Domingos Filho, recusou-se a renunciar junto com Cid, o que facilitaria a execução de uma estratégia que previa Zezinho Albuquerque (PROS), presidente da Assembleia Legislativa, cumprir o restante do mandato de Cid Gomes.
O processo resultou em desgaste na relação do governador com seu vice. Domingos Filho é filiado ao PROS. Ex-aliado de Eunício Oliveira, ele deixou o PMDB na esperança de ser escolhido por Cid como candidato à sucessão.
Agora, com Cid mantendo-se no comando, ele e Ciro terão mais tempo para a construção de uma coligação para tentar vencer os desafios que surgem com a pré-candidatura do senador Eunício Oliveira.
No páreo como pré-candidatos do PRO estão: Zezinho Albuquerque, que conta com a simpatia de Ciro; Izolda Cela, ex-secretária de Educação de Cid e que conta com a preferência de Ivo Gomes, o caçula dos irmãos; o ex-secretário dos Portos, Leônidas Cristino, o favorito de Cid; além do deputado estadual Mauro Filho.