Cid Gomes estuda trocar PROS pelo PDT
Cid relatou os problemas internos com a direção nacional do PROS e reforçou que seu grupo político deverá mudar de partido conjuntamente
Da Redação
Publicado em 3 de julho de 2015 às 14h48.
São Paulo - O ex-ministro da Educação Cid Gomes confirmou na quinta-feira, 2, ao Broadcast Político, que está articulando a saída de seu grupo político do PROS para o PDT . O motivo, segundo ele, seria um "desconforto geral" com a condução da atual direção nacional do partido.
Na quarta-feira, Cid, o irmão dele, Ciro Gomes , e o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, estiveram reunidos com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, na sede da legenda, em Brasília, para discutir o assunto.
"Há um grande desconforto com a condução do PROS. Para você ter uma ideia, em todo partido as filiações podem ser feitas pelas comissões nacional, estaduais e municipais. No PROS, houve uma mudança no regimento interno que determinou que qualquer filiação só poder ser feita pela nacional", disse Gomes, ressaltando que a situação traz "insegurança" política para as direções estaduais da sigla. De acordo com ele, esse descontentamento vem de todos os Estados, e não só do Ceará.
Cid afirmou que também esteve reunido na quarta-feira com a bancada do PROS na Câmara. No encontro, foram estabelecidas duas diretrizes. "A prioridade é tentar reverter essa questão das filiações e, ao mesmo tempo, procurar alternativas", afirmou. Segundo o ex-ministro, a ideia é que seu grupo político mude "coletivamente" de sigla. "O partido já vai sofrer algumas defecções de integrantes de outros Estados. Há pessoas engajadas na formação da Rede (Sustentabilidade) e do PL, por exemplo", comentou.
Gomes destacou que também se encontrou na quarta-feira com o presidente nacional do PROS, Eurípedes Júnior. "Iniciamos uma conversa", limitou-se a responder, ao ser questionado sobre os encaminhamentos das discussões. Cid afirmou que, por enquanto, todas as tratativas com PDT estão no "plano das hipóteses". "Há muitas indefinições ainda. Vamos esperar para ver se vai ter essa janela partidária. Ao longo das próximas semanas, vamos tratar sobre isso", afirmou.
O ex-ministro se referia à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) aprovada pela Câmara, no último dia 17 de junho, que abre um período de 30 dias para que deputados federais, estaduais e vereadores possam trocar de partido sem perder os mandatos.
A medida faz parte da primeira parte da reforma política votada pela Câmara. Conforme a proposta, a janela será aberta após promulgação da emenda. Para isso, o texto ainda precisa ser aprovado em segunda votação na Câmara e mantido pelo Senado.
PDT
Além de Cid, Ciro e do prefeito de Fortaleza, participou da reunião com Lupi em Brasília o líder do PDT na Câmara e presidente estadual do partido no Ceará, André Figueiredo.
De acordo com o parlamentar, Cid relatou os problemas internos com a direção nacional do PROS e reforçou que seu grupo político deverá mudar de partido conjuntamente, com exceção do deputado federal cearense Domingos Neto, que articula a criação do PL no Estado. "A ideia é que no início de agosto alguma decisão seja anunciada", disse.
Figueiredo lembrou que a mudança do grupo dos Gomes para o PDT já chegou a ser cogitada em 2013, quando eles deixaram o PSB após divergências de Cid e Ciro com o então presidente do partido, Eduardo Campos.
O ex-governador pernambucano rompeu a aliança com o PT para lançar candidatura própria ao Planalto em 2014. Na época, contudo, a maioria do partido optou pela mudança para o PROS, por ser um partido novo, o que afastava a possibilidade de o PSB questionar mandatos na Justiça.
Sem definições
A direção nacional do PROS confirmou as conversas sobre possível saída do grupo político dos Gomes do partido, mas ressaltou que, por enquanto, não está definido.
O secretário nacional de comunicação e relações institucionais do PROS, Felipe Espírito Santo, afirmou que Cid deve voltar a se reunir com Eurípedes Júnior na próxima semana, quando acredita que haverá mais definições.
Caso a saída se confirme, será a quarta mudança de partido dos Gomes, que, desde 1990, já foram filiados ao PSDB, PPS, PSB e PROS.
São Paulo - O ex-ministro da Educação Cid Gomes confirmou na quinta-feira, 2, ao Broadcast Político, que está articulando a saída de seu grupo político do PROS para o PDT . O motivo, segundo ele, seria um "desconforto geral" com a condução da atual direção nacional do partido.
Na quarta-feira, Cid, o irmão dele, Ciro Gomes , e o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, estiveram reunidos com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, na sede da legenda, em Brasília, para discutir o assunto.
"Há um grande desconforto com a condução do PROS. Para você ter uma ideia, em todo partido as filiações podem ser feitas pelas comissões nacional, estaduais e municipais. No PROS, houve uma mudança no regimento interno que determinou que qualquer filiação só poder ser feita pela nacional", disse Gomes, ressaltando que a situação traz "insegurança" política para as direções estaduais da sigla. De acordo com ele, esse descontentamento vem de todos os Estados, e não só do Ceará.
Cid afirmou que também esteve reunido na quarta-feira com a bancada do PROS na Câmara. No encontro, foram estabelecidas duas diretrizes. "A prioridade é tentar reverter essa questão das filiações e, ao mesmo tempo, procurar alternativas", afirmou. Segundo o ex-ministro, a ideia é que seu grupo político mude "coletivamente" de sigla. "O partido já vai sofrer algumas defecções de integrantes de outros Estados. Há pessoas engajadas na formação da Rede (Sustentabilidade) e do PL, por exemplo", comentou.
Gomes destacou que também se encontrou na quarta-feira com o presidente nacional do PROS, Eurípedes Júnior. "Iniciamos uma conversa", limitou-se a responder, ao ser questionado sobre os encaminhamentos das discussões. Cid afirmou que, por enquanto, todas as tratativas com PDT estão no "plano das hipóteses". "Há muitas indefinições ainda. Vamos esperar para ver se vai ter essa janela partidária. Ao longo das próximas semanas, vamos tratar sobre isso", afirmou.
O ex-ministro se referia à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) aprovada pela Câmara, no último dia 17 de junho, que abre um período de 30 dias para que deputados federais, estaduais e vereadores possam trocar de partido sem perder os mandatos.
A medida faz parte da primeira parte da reforma política votada pela Câmara. Conforme a proposta, a janela será aberta após promulgação da emenda. Para isso, o texto ainda precisa ser aprovado em segunda votação na Câmara e mantido pelo Senado.
PDT
Além de Cid, Ciro e do prefeito de Fortaleza, participou da reunião com Lupi em Brasília o líder do PDT na Câmara e presidente estadual do partido no Ceará, André Figueiredo.
De acordo com o parlamentar, Cid relatou os problemas internos com a direção nacional do PROS e reforçou que seu grupo político deverá mudar de partido conjuntamente, com exceção do deputado federal cearense Domingos Neto, que articula a criação do PL no Estado. "A ideia é que no início de agosto alguma decisão seja anunciada", disse.
Figueiredo lembrou que a mudança do grupo dos Gomes para o PDT já chegou a ser cogitada em 2013, quando eles deixaram o PSB após divergências de Cid e Ciro com o então presidente do partido, Eduardo Campos.
O ex-governador pernambucano rompeu a aliança com o PT para lançar candidatura própria ao Planalto em 2014. Na época, contudo, a maioria do partido optou pela mudança para o PROS, por ser um partido novo, o que afastava a possibilidade de o PSB questionar mandatos na Justiça.
Sem definições
A direção nacional do PROS confirmou as conversas sobre possível saída do grupo político dos Gomes do partido, mas ressaltou que, por enquanto, não está definido.
O secretário nacional de comunicação e relações institucionais do PROS, Felipe Espírito Santo, afirmou que Cid deve voltar a se reunir com Eurípedes Júnior na próxima semana, quando acredita que haverá mais definições.
Caso a saída se confirme, será a quarta mudança de partido dos Gomes, que, desde 1990, já foram filiados ao PSDB, PPS, PSB e PROS.