Cid Gomes defende frente de esquerda contra pressões
Brasília - Em meio a novos focos de tensão dentro da base aliada, a presidente Dilma Rousseff e o governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), discutiram na manhã desta terça-feira, 4, a criação de uma frente de esquerda que, segundo o próprio governador, pode ajudar o Palácio do Planalto a deixar de ser refém do […]
Da Redação
Publicado em 4 de novembro de 2014 às 15h05.
Brasília - Em meio a novos focos de tensão dentro da base aliada, a presidente Dilma Rousseff e o governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), discutiram na manhã desta terça-feira, 4, a criação de uma frente de esquerda que, segundo o próprio governador, pode ajudar o Palácio do Planalto a deixar de ser refém do PMDB.
"Nesses dois meses (de fim de mandato no governo do Ceará) desejo cumprir uma tarefa de ajudá-la e ajudar o governo numa diretriz de atenuar as chantagens, as ameaças, as pressões", disse Cid a jornalistas, acompanhado do seu sucessor, Camilo Santana (PT).
"Eu penso que esse movimento ajuda - não vou 'titularizar', não vou nomear ninguém, mas esse movimento tem uma frente ou um partido de centro para além do PMDB, é um partido ou frente à esquerda, isso ajuda na governabilidade e reduz aí o espaço da pressão que muitas vezes beira até a chantagem."
Segundo Cid, foi discutida com a presidente a criação de uma frente de esquerda que pode evoluir na criação de um partido novo ou na fusão de siglas já existentes.
"Isso vai ser discutido, até para que a gente aprimore e veja a melhor estratégia. Mas o ideal para mim seria a gente compor inicialmente uma frente que possa evoluir na sequência para um partido novo, que resulte da fusão de alguns partidos também", afirmou.
Na avaliação do governador, há pessoas insatisfeitas nos partidos que se situam no arco de esquerda, como o PSB e o PSOL.
Para Cid Gomes, o ideal seria conseguir reunir pelo menos 50 deputados nessa frente.
Questionado se esse movimento poderia ajudar a presidente Dilma Rousseff a deixar de ser refém do PMDB, o governador reconheceu: "Eu penso que sim. Você constitui um partido com 10% da Câmara, eu acho que só hoje três (partidos) tem (mais de 50 deputados), só o PT, PMDB e PSDB."
De acordo com o governador, todos os partidos que militam à esquerda poderiam participar dessa "frente de esquerda".
"Você tem dois caminhos que podem ser feitos simultaneamente ou podem ser feitos em etapas. Uma coisa que assegura que ninguém perca o mandato é a fusão. A fusão de partidos assegura obviamente que, no novo partido, todos aqueles que pertencem aos originais não percam o seu mandato. E a criação de um novo partido permite que você traga gente de outros", comentou Cid Gomes.
"Vou a partir de hoje começar a conversar com objetividade."
Indagado sobre a opinião da presidente sobre seus planos, Cid Gomes desconversou. "Não vou manifestar qual foi a receptividade da presidente. Estaria cometendo uma indelicadeza", disse.
Brasília - Em meio a novos focos de tensão dentro da base aliada, a presidente Dilma Rousseff e o governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), discutiram na manhã desta terça-feira, 4, a criação de uma frente de esquerda que, segundo o próprio governador, pode ajudar o Palácio do Planalto a deixar de ser refém do PMDB.
"Nesses dois meses (de fim de mandato no governo do Ceará) desejo cumprir uma tarefa de ajudá-la e ajudar o governo numa diretriz de atenuar as chantagens, as ameaças, as pressões", disse Cid a jornalistas, acompanhado do seu sucessor, Camilo Santana (PT).
"Eu penso que esse movimento ajuda - não vou 'titularizar', não vou nomear ninguém, mas esse movimento tem uma frente ou um partido de centro para além do PMDB, é um partido ou frente à esquerda, isso ajuda na governabilidade e reduz aí o espaço da pressão que muitas vezes beira até a chantagem."
Segundo Cid, foi discutida com a presidente a criação de uma frente de esquerda que pode evoluir na criação de um partido novo ou na fusão de siglas já existentes.
"Isso vai ser discutido, até para que a gente aprimore e veja a melhor estratégia. Mas o ideal para mim seria a gente compor inicialmente uma frente que possa evoluir na sequência para um partido novo, que resulte da fusão de alguns partidos também", afirmou.
Na avaliação do governador, há pessoas insatisfeitas nos partidos que se situam no arco de esquerda, como o PSB e o PSOL.
Para Cid Gomes, o ideal seria conseguir reunir pelo menos 50 deputados nessa frente.
Questionado se esse movimento poderia ajudar a presidente Dilma Rousseff a deixar de ser refém do PMDB, o governador reconheceu: "Eu penso que sim. Você constitui um partido com 10% da Câmara, eu acho que só hoje três (partidos) tem (mais de 50 deputados), só o PT, PMDB e PSDB."
De acordo com o governador, todos os partidos que militam à esquerda poderiam participar dessa "frente de esquerda".
"Você tem dois caminhos que podem ser feitos simultaneamente ou podem ser feitos em etapas. Uma coisa que assegura que ninguém perca o mandato é a fusão. A fusão de partidos assegura obviamente que, no novo partido, todos aqueles que pertencem aos originais não percam o seu mandato. E a criação de um novo partido permite que você traga gente de outros", comentou Cid Gomes.
"Vou a partir de hoje começar a conversar com objetividade."
Indagado sobre a opinião da presidente sobre seus planos, Cid Gomes desconversou. "Não vou manifestar qual foi a receptividade da presidente. Estaria cometendo uma indelicadeza", disse.