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Cid Gomes defende Aécio para a presidência do Senado

Governador do Ceará defende que Dilma apoie o tucano para o cargo para facilitar o trânsito com a oposição

"Houve susto. Apresentei de supetão" disse Cid Gomesapós defender a idéia durante reunião do PSB (Elza Fiúza/AGÊNCIA BRASIL)
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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2012 às 15h16.

Brasília - O governador reeleito do Ceará, Cid Gomes (PSB), sugeriu que a presidenta eleita, Dilma Rousseff, adote um “gesto concreto” para conquistar a oposição e garantir um trânsito mais fácil no Congresso Nacional no momento de aprovar projetos de interesse do governo.

Esse “gesto concreto”, na opinião de Cid Gomes, é apoiar o nome do tucano Aécio Neves para a presidência do Senado no próximo ano.

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“Acho que ela deveria fazer mesmo um gesto concreto de estender a mão à oposição. Na minha opinião, esse gesto concreto seria apoiar um o nome de Aécio Neves para a Presidência do Senado”, disse o governador.

A proposta vai de encontro ao acordo fechado pelos presidentes do PT, José Eduardo Dutra, e do PMDB, Michel Temer, vice-presidente eleito, sobre o comando das duas casas legislativas. Os dois pretendem estabelecer um rodízio entre o PMDB e o PT na Câmara e no Senado para os próximos quatro anos.

Mesmo assim, Cid insistirá no convencimento da presidenta eleita. “Convencida a Dilma, o PT se convence. Se o PMDB não aceitar, que não aceite, mas ele [o PMDB] vai aceitar”.

O governador reeleito apresentou a ideia hoje (4) ao PSB, que está reunido, em Brasília, para discutir a forma de participação dos socialistas na gestão de Dilma Rousseff. “Houve susto. Apresentei de supetão. Mas houve quem aplaudisse. Não houve vaias”, informou.

A ideia, de acordo com Cid, seria um grande passo rumo ao que ele chamou de “pacto pela governabilidade”. “Eu fiz muito mais no Ceará e deu certo. O PSDB, com quem eu concorri, participou do meu governo.”

Na opinião do governador reeleito, o “gesto” de Dilma poderia facilitar acordos com a oposição para a aprovação de projetos sobre o pré-sal e na discussão de uma proposta de reforma tributária ampla, ideia que foi defendida por ela como prioridade, durante a campanha.

Cid disse que não chegou a conversar com a presidenta eleita sobre o assunto e acredita na “facilidade do diálogo” com Aécio.

“A gente sabe que existe um PSDB mais radical que é representado pelo José Serra lá em São Paulo. Mas há uma facilidade de diálogo grande com o Aécio Neves. Isso também iria fortalecê-lo dentro do próprio partido”, disse Cid Gomes, que acredita em uma abertura de Aécio para a aproximação com o governo de Dilma, mesmo dentro de um partido de oposição. “Oposição por oposição não adianta nada. Para que oposição? Acho que a gente tem que ter uma proposta para o país”, acrescentou.

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