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Ciclone se forma no Rio Grande do Sul e frente fria avança; veja previsões

Nesta segunda-feira, 25, fortes áreas de instabilidade já se formam no território gaúcho ainda pela manhã, principalmente sobre Passo Fundo, Erechim, Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Porto Alegre e Santa Maria

Ciclone no Rio Grande do Sul (SILVIO AVILA/AFP/Getty Images)

Ciclone no Rio Grande do Sul (SILVIO AVILA/AFP/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 25 de setembro de 2023 às 11h42.

A formação de um novo ciclone extratropical em alto-mar próximo à costa de Santa Catarina e o litoral norte do Rio Grande do Sul entre a noite de terça-feira, 26, e a madrugada quarta, 27, vai intensificar a instabilidade na região com muita chuva, vento e tempo severo, conforme a Defesa Civil gaúcha.

O órgão acrescenta, no entanto, que a intensificação das chuvas será devido ao aprofundamento e avanço de um sistema de baixa pressão para o oceano, fluxo de umidade do oceano combinado ao da Amazônia e formação de uma frente fria.

Efeitos começam nesta segunda

Nesta segunda-feira, 25, fortes áreas de instabilidade já se formam no território gaúcho ainda pela manhã, principalmente sobre Passo Fundo, Erechim, Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Porto Alegre e Santa Maria, de acordo com a Defesa Civil do Estado.

“No decorrer do dia, a tendência é de que a instabilidade migre no sentido sul e alcance pontos da metade sul gaúcha. O risco de chuva forte com temporais isolados de raios, granizo e vento forte persiste na região”, reforça a MetSul.

A expectativa é de que, na terça-feira, uma área de baixa pressão se desloque do nordeste da Argentina e Paraguai para o Sul do Brasil, cruzando a região de oeste para leste na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina.

“Esta baixa pressão reforçará muito a instabilidade durante o dia na terça com chuva intensa em muitos locais e temporais que localmente podem fortes e até severos com risco de vendavais e granizo, potencialmente médio a grande em alguns pontos com danos”, salienta a MetSul.

Conforme a previsão, o ciclone estará configurado na costa na quarta-feira e sua circulação de umidade ainda traz chuva para o Rio Grande do Sul para parte do norte e leste do Estado, especialmente na primeira metade do dia, mas gradualmente o tempo começa a melhorar antes de uma sequência de dias de sol e tempo firme na maior parte do Rio Grande do Sul, que se inicia na quinta-feira, 28.

Segundo a MetSul, Santa Catarina e Paraná devem ter pancadas de chuva e temporais isolados de vento e granizo em diferentes pontos nos próximos dias. Na quarta-feira, a frente fria associada ao ciclone vai avançar pelos dois Estados, com chuva mais intensa, especialmente em Santa Catarina. “A frente levará chuva e temporais a pontos do sul e do leste de São Paulo até o fim da quarta-feira”, projeta a MetSul.

Rajadas de vento

Na terça-feira, a baixa pressão se aprofunda entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. “Vai gerar rajadas de vento de 60 km/h a 80 km/h, isoladamente superiores em elevações, na parte norte gaúcha, Santa Catarina (mais no oeste), Paraná (maior intensidade no oeste), Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Na quarta-feira, o ciclone estará formado sobre o Atlântico nas costas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. “Vai trazer vento forte com rajadas ocasionalmente intensas mais na área da Lagoa dos Patos, setor sul da Grande Porto Alegre, leste da Serra, litoral norte gaúcho, planalto sul catarinense e a costa catarinense”, acrescenta a MetSul.

Nestas áreas, em média, as rajadas devem ficar entre 60 km/h e 80 km/h, mas com picos de 80 km/h a 90 km/h em alguns setores da orla e até de 100 km/h ou mais nas montanhas da Serra do Mar. O ciclone se afasta rapidamente na quinta-feira da costa do Sul do Brasil.

O que são os ciclones extratropicais

São sistemas meteorológicos comuns na costa do Sul e do Sudeste do Brasil. Segundo a Climatempo, podem se formar em qualquer época do ano, mas são mais frequentes nos meses de outono e inverno.

“A maioria dos ciclones extratropicais que passam pela costa do Sul e do Sudeste estão associados a uma frente fria, mas alguns ciclones se formam de modo independente. É o que tecnicamente se chama de ciclogênese, que podem ocorrer sobre o continente ou sobre o mar”, explica a empresa brasileira de meteorologia.

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