Repórter
Publicado em 9 de dezembro de 2025 às 20h26.
A entrada de um ciclone extratropical pela costa brasileira causou impactos significativos na Região Metropolitana de São Paulo nesta terça-feira, 9. Segundo balanço da Enel, cerca de 100 mil clientes estão sem energia elétrica devido às chuvas persistentes e às fortes rajadas de vento registradas desde o início da tarde.
A Zona Oeste concentra os maiores problemas, com destaque para Barueri, Cotia, Cajamar, Vargem Grande e Pirapora do Bom Jesus. Equipes técnicas seguem mobilizadas para restabelecer o fornecimento.
Além dos apagões, o Corpo de Bombeiros atendeu 193 ocorrências de queda de árvores entre a meia-noite e as 17h30, na capital e no interior. Um dos casos ocorreu na Avenida 23 de Maio, na Bela Vista, onde um tronco atingiu veículos no fim da tarde. Apesar do susto e de três chamados para desabamentos e quatro para enchentes, não há registro de vítimas.
Dados da Defesa Civil indicam que a linha de instabilidade avança de oeste para leste. Nas últimas seis horas, os maiores volumes de chuva foram registrados em Marília (73 mm), Avaré (49 mm) e Itapetininga (47 mm). Também há precipitações moderadas a fortes em Itapeva, Sorocaba e no Litoral Sul.
O sistema formado no Atlântico mantém São Paulo e estados do Sul em alerta até quinta-feira, com risco de granizo e chuvas volumosas. A Defesa Civil prevê rajadas acima de 90 km/h na faixa leste, aumentando o risco de danos estruturais e novas interrupções no fornecimento de energia.
O governo paulista ativou um gabinete de crise, reunindo desde a manhã órgãos reguladores, concessionárias, equipes de manutenção e serviços de emergência. Áreas como Serra da Mantiqueira, Vale do Ribeira, Sorocaba, Campinas e cidades litorâneas estão sob vigilância devido à possibilidade de ressaca.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) projeta acumulados entre 50 mm e 100 mm por dia. Autoridades recomendam evitar locais arborizados durante ventanias e não atravessar áreas alagadas ou com enxurradas.