'Ciclone bomba' vai passar pelo litoral brasileiro na próxima semana; conheça o fenômeno
A formação de um ciclone bomba no Atlântico preocupa moradores do sul do país, com previsão de fortes ventos e chuvas intensas para a região
Redação Exame
Publicado em 8 de novembro de 2024 às 09h01.
Você já ouviu falar do 'ciclone bomba'? A formação, caracterizada pela rápida queda da pressão atmosférica em um curto período, que gera ventos intensos e condições meteorológicas adversas, deve atingir o Brasil na próxima semana. Meteorologistas do Climatempo alertaram que o fenômeno deve ocorrer no mar, próximo ao litoral sul do Brasil, na próxima terça-feira, 12.
Os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná serão os mais impactados, com potencial de fortes rajadas de vento nas cidades costeiras.
Como o ciclone bomba se forma?
O ciclone bomba é um tipo de ciclone extratropical, caracterizado por uma queda brusca da pressão atmosférica — geralmente de24 milibares em 24 horas. Esse fenômeno de rápida intensificação, conhecido como ciclogênese explosiva, ocorre quando massas de ar frio e quente se encontram, criando um forte gradiente de pressão.
O encontro geralmente acontece em regiões de latitude mais alta, como o sul do Brasil, tornando-se um ambiente propício para ciclones dessa intensidade.
Ao se formar, o ciclone cria um sistema de ventos circulares em torno de uma área de baixa pressão. No Hemisfério Sul, esses ventos seguem um movimento horário, concentrando umidade e ar quente no centro do sistema. Esse ciclo de ar ascendente provocaa formação de nuvens carregadas, elevando as chances de chuvas intensas e rajadas de vento que podem afetar o continente.
Impactos previstos para o Brasil
Embora o ciclone bomba se forme no oceano e deva se manter longe da costa, a expectativa é deventos fortes e tempestadesnas regiões litorâneas e nas áreas mais elevadas do sul do país. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a população deve se preparar para chuvas intensas nos próximos dias, com possibilidade de inundações em áreas mais vulneráveis e de dificuldade de locomoção nas estradas locais.
Ciclones dessa magnitude têm se tornado comuns em latitudes como as do Brasil, onde a combinação de condições climáticas mais quentes com o ar frio favorece a formação de sistemas intensos como o ciclone bomba.