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Chuvas fortes no Sul devem continuar nos próximos 3 meses

Temperaturas devem ficar mais altas do que o normal em todo o país por influência do fenômeno El Niño

Cataras do Iguaçu registraram vazão histórica após as fortes chuvas (Divulgação/ Cataratas do Iguaçu)
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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2014 às 16h56.

São Paulo - Chuvas intensas devem continuar a atingir o Sul do Brasil, podendo afetar regiões agrícolas no Paraná, e as temperaturas devem ficar mais altas do que o normal em todo o país nos próximos três meses por influência do fenômeno El Niño, informou a empresa de meteorologia Climatempo.

"Em julho, a chuva, mais uma vez, deve ficar acima da média em quase toda a região Sul do país.

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Então a situação que estamos observando em junho se repete no mês que vem", disse o meteorologista da Climatempo, Alexandre Nascimento, em coletiva de imprensa sobre previsões para o inverno, que começa oficialmente em 21 de julho.

Paraná e Santa Catarina vem sofrendo com a intensidade das chuvas desde o início do mês, que resultaram em rápido aumento do nível dos reservatórios da região, mas também deixaram milhares de pessoas desalojadas.

Segundo a Climatempo, as chuvas no Sul devem ter uma redução apenas a partir de setembro. Nas outras regiões, a chuva se mantém dentro da normalidade nos próximos meses, o que significa tempo seco.

Durante o inverno, as temperaturas ainda tendem a ficar acima da média em todo o país.

"As ondas de frio serão muito curtas", disse Nascimento, acrescentando que não há previsão de fortes geadas no Paraná a ponto de prejudicar as plantações de milho.

As chuvas intensas esperadas poderão, contudo, afetar a fase final da colheita do milho no Paraná.

"A chuva vai com bastante intensidade até agosto. Não que vá chover o tempo todo, mas a gente pode ter eventos como esses em julho e agosto, impactando a colheita", disse.

Por outro lado, a temporada seca e mais quente do que o normal aumenta o risco de proliferação de queimadas no cerrado.

Sudeste Seco Pode Ver Chuva Em Setembro

Com tempo seco típico do inverno no Sudeste, a queda no nível dos reservatórios dos Estados da região tende a continuar "a todo vapor" durante o inverno, e o retorno da umidade pode ser verificada somente em setembro, segundo Nascimento.

As fortes chuvas que atingem o Sul não deverão conseguir chegar ao Sudeste a ponto de colaborar para os reservatórios das bacias dos rios Grande e Paranaíba, as principais do Sudeste do país. Apenas a bacia do Paranapanema pode receber um pouco mais de chuva, colaborando para o sistema Sudeste.

A umidade deverá começar a se espalhar sobre o Brasil durante a segunda quinzena de setembro e as primeiras pancadas de chuva retornam ao cerrado. "Isso é um indício de que podemos ter o retorno da estação chuvosa no momento certo", informou a Climatempo.

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