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Chuva artificial em São Paulo vai custar R$ 4,5 milhões

Valor do contrato feito entre a Sabesp e a empresa ModClima, para indução de chuvas na Cantareira, foi publicado no Diário Oficial desta terça

Trabalhador da Sabesp caminha no chão rachado da represa de Jaguary, em Bragança Paulista, interior de São Paulo (Nacho Doce/Reuters)

Trabalhador da Sabesp caminha no chão rachado da represa de Jaguary, em Bragança Paulista, interior de São Paulo (Nacho Doce/Reuters)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 11 de fevereiro de 2014 às 12h45.

São Paulo – A tentativa da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) de induzir chuvas sobre o sistema Cantareira vai custar R$ 4,5 milhões. O valor do contrato feito com a empresa ModClima foi publicado no Diário Oficial desta terça-feira.

O compromisso tem duração de 720 dias. Por ser a única empresa no país a prestar esse tipo de serviço, que usa a técnica de semeadura de nuvens, não houve processo de licitação.

Este não é o primeiro contrato firmado entre a Sabesp e a empresa ModClima. Ao todo, segundo informações disponibilizadas no próprio site da companhia, já foram realizados 7 contratos de médio prazo para induzir chuvas sobre os Sistemas Cantareira e Alto Tietê.

Quando procurada pela reportagem, a Sabesp não se pronunciou a respeito do valor investido nesses contratos passados nem sobre a eficácia da técnica de semeadura. A empresa ModClima também não quis comentar.

Semeadura de nuvem no Brasil

A técnica chamada de bombardeamento de nuvens ou semeadura, ou ainda, nucleação artificial, consiste no lançamento de substâncias aglutinadoras que ajudam a formar gotas de chuva.

São Paulo não é o primeiro lugar a apelar para a técnica. Ela já foi usada até para tentar aplacar a seca no semiárido Nordestino. Algumas tentativas deram certo, outras frustraram. Especialistas em meteorologia olham com reservas a técnica, que é alvo de controvérsias, por sua eficácia e possíveis efeitos indesejados no meio ambiente.

Leia também: Chuva artificial? Veja polêmica da técnica já usada no país

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