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Chuva acima da média em SP não eleva 2 mananciais

O nível do manancial do Sistema Alto Tietê caiu 18,8% no mês, enquanto o do Rio Claro apresentou queda de 16,71%

Vista do coletor de água no sistema de abastecimento de água da Cantareira na represa de Jaguari em Joanópolis (Paulo Whitaker/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2014 às 10h52.

São Paulo - Aguardada como a única solução para recuperar o Sistema Cantareira, a chuva acima da média nos reservatórios não foi suficiente para elevar o nível de dois dos seis mananciais que abastecem a Grande São Paulo no mês de setembro.

Tanto o Sistema Alto Tietê, o segundo maior que atende a região metropolitana, quanto o Rio Claro, o menor deles, registraram no mês passado uma pluviometria acumulada de 22% e 33,3% acima da média histórica do mês, respectivamente.

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No Alto Tietê, cujos reservatórios ficam entre Salesópolis e Suzano, na região leste da Grande São Paulo, o volume registrado no mês passado foi de 103,1 milímetros, dos quais 64 milímetros só na forte chuva da última sexta-feira, ante 84,5 milímetros da média histórica.

Mesmo assim, o nível do manancial caiu 18,8% no mês, de 15,4% da capacidade no dia 1.º para 12,5% nesta terça-feira, 30. Com 521 bilhões de litros de volume máximo, o Alto Tietê abastece hoje cerca de 4 milhões de pessoas, sendo 1 milhão que recebiam água do Cantareira antes da crise de estiagem.

Já no Rio Claro, a pluviometria acumulada em setembro foi de 196,1 milímetros, ante a média histórica de 147 milímetros. Apesar das chuvas, o nível do sistema, que tem capacidade de 13 bilhões de litros, caiu de 74,2% no início do mês para 61,8% ontem, queda de 16,71%.

Assim como o Alto Tietê, o Rio Claro também tem sido usado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para socorrer regiões atendidas pelo Cantareira. Enquanto a empresa reduziu em cerca de 10 mil litros por segundo o volume de água retirado do principal sistema, o Alto Tietê e o Rio Claro tiveram a capacidade de produção de água ampliada na crise.

"Imagine uma caixa d’água onde você despeja um copo cheio por dia e retira três para beber. Não tem como o nível das represas subir com esse déficit", afirma Ideval Souza Costa, geólogo da USP.

Segundo a Sabesp, "é incorreto avaliar a recuperação dos mananciais apenas considerando a pluviometria". "É preciso que as chuvas sejam contínuas, a terra está seca e no início absorve toda a água", afirma. "Setembro é só início das chuvas e uma transição entre o período seco e o chuvoso", completa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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