Brasil

Ministro demitido por telefone alfineta governo em palestra

Chioro disse ter ficado satisfeito com a condução do processo para reformular regras dessas parcerias

Ex-ministro da Saúde Arthur Chioro (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Ex-ministro da Saúde Arthur Chioro (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2015 às 16h21.

Brasília - Aguardando a formalização de sua saída do cargo, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, fez nesta quarta-feira, 30, pela manhã um discurso em defesa da transparência e coerência na condução de políticas públicas.

Num evento para empresários do setor farmacêutico, ele apresentou resultados sobre as mudanças nas políticas de parcerias de desenvolvimento produtivo (PDP) - formato de acordo que se tornou conhecido em todo o País depois do escândalo envolvendo o laboratório Labogen, durante a Operação Lava Jato.

Chioro afirmou ter ficado satisfeito com a condução do processo para reformular as regras dessas parcerias. "Podemos ficar com a coluna ereta e o coração tranquilo", disse.

Embora já tenha sido notificado pela presidente Dilma Rousseff de que vai deixar o cargo, para ceder espaço ao PMDB, Chioro fez questão de manter a agenda de hoje.

Ele considera uma vitória o resultado obtido com a reforma nas regras das PDPs, que, de acordo com ele, haviam ficado "amaldiçoadas" depois da Operação Lava Jato, e queria deixar seu recado. Algo que ele já tinha feito semana passada, ao se encontrar com secretários municipais e estaduais de Saúde.

Durante a cerimônia desta quarta-feira, Chioro fez duas referências a sua saída. Ao falar sobre a necessidade de se fazer o monitoramento dos contratos, afirmou: "A vida tem seus riscos - e eu é o que digo para vocês", arrancando risos do auditório.

Mais tarde, ao encerrar o discurso, falou sobre política. Ao enfatizar a transparência e coerência na adoção de políticas públicas, finalizou: "Não vejo outro caminho, a não ser o abandono da política (ação, projeto) ou o seu uso que saia do campo da transparência e da coerência."

Acompanhe tudo sobre:Governo DilmaMinistério da SaúdeOperação Lava JatoSaúdeSaúde no Brasil

Mais de Brasil

Lira convoca reunião de líderes para debater composição da mesa diretora da Câmara em 2025

Tarifa de ônibus em SP deve ficar entre R$ 5 e R$ 5,20, informa SPTrans

Após jovem baleada, Lewandowski quer acelerar regulamentação sobre uso da força por policiais

Governadores avaliam ir ao STF contra decreto de uso de força policial