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Chegam a 49 presos em manifestações no Rio

Manifestantes foram detidos durante as manifestações que terminaram em pancadaria no centro e nas imediações do Palácio Guanabara

Manifestantes fazem passeata organizada por centrais sindicais pelo Dia Nacional de Luta, na Avenida Rio Branco, centro do Rio de Janeiro (Fernando Frazão/ABr)

Manifestantes fazem passeata organizada por centrais sindicais pelo Dia Nacional de Luta, na Avenida Rio Branco, centro do Rio de Janeiro (Fernando Frazão/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2013 às 19h22.

Rio de Janeiro - Entre a noite desta quinta-feira, 11, e a madrugada de sexta-feira, 49 pessoas foram detidas no Rio, durante as manifestações que terminaram em pancadaria no centro e nas imediações do Palácio Guanabara, sede do governo do Rio, na zona sul, atualizou a Polícia Civil. No protesto organizado por centrais sindicais no centro, 25 detidos foram encaminhados à 5.ª Delegacia de Polícia (Lapa) em duas ocorrências.

Apenas três ficaram presos, mas foram soltos no fim do dia, após advogados voluntários conseguirem habeas corpus na Justiça. Rodrigo Faria Barreto, de 20 anos, Armando Herz de Faria, de 19, e Francisco Iranildo Nunes Alves, de 24, foram presos em flagrante na Avenida Chile, acusados de arremessar pedras em policiais militares, ônibus e lojas. Eles foram autuados por formação de quadrilha, lesão corporal, desobediência e corrupção de menores. O grupo estava acompanhado de dois adolescentes de 17 anos, que vão responder por fato análogo aos crimes de lesão corporal, desobediência e formação de quadrilha.

"Meu filho não é baladeiro, não bebe, não fuma, estuda veterinária e está começando a vida agora. É apenas simpatizante das manifestações. Quando começou a confusão, ele estava no local errado e na hora errada e entrou de bode expiatório. Quando a polícia tem ordem para dispersar a multidão para ver se para com o vandalismo, acaba sobrando para qualquer um", desabafou Silva Herz, mãe de Faria, na 5.ª DP.

Um menor de 17 anos foi apreendido por PMs com um escudo de madeira com a inscrição "BB", um capacete de soldador, pacotes de gaze, rolos de esparadrapo e uma máscara de oxigênio feita de garrafa pet. Ele teria afirmado a PMs que o levaram à 5.ª DP que é enfermeiro do grupo autointitulado Black Blocs (formado por jovens vestidos de preto e rostos cobertos, de cunho anarquista e que caminham à frente das manifestações).

O adolescente teria dito ainda que estava no protesto para socorrer integrantes feridos do grupo. Na delegacia, ele não quis prestar depoimento formal. Foi indiciado por fato análogo a formação de quadrilha, e depois entregue aos pais, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Outros 12 manifestantes detidos pela PM foram liberados da delegacia após prestarem depoimento. Nove foram indiciados por crimes de menor potencial ofensivo, e vão responder em liberdade. Os inquéritos serão encaminhados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim).

Em outra ocorrência registrada na 5.ª DP, seis maiores foram detidos. Dois por dano ao patrimônio, acusados de depredar um ônibus, e outros dois por porte de canivete e soco inglês. Os quatro foram indiciados e vão responder em liberdade. Os outros dois foram liberados após depor. Três menores foram encaminhados à delegacia para averiguação e liberados.

Palácio Guanabara

Na zona sul, após a confusão nas imediações do Palácio Guanabara, 23 manifestantes foram levados à 9.ª DP (Catete). Oito pessoas foram autuadas e liberadas após assinarem o termo circunstanciado. Um adolescente foi apreendido com uma bomba de gás lacrimogêneo no bolso e encaminhado à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Outro menor liberado após seus pais assinarem um termo de responsabilidade. Treze foram ouvidos e liberados por não haver nada contra eles. Na 12.ª DP (Copacabana), uma pessoa foi autuada por desacato.

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