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Chefe de gabinete do Ministério do Trabalho pede exoneração

Solto na madrugada de hoje (10), Souza Bernardo fez vídeo justificando demissão: "para não parecer que tento ocultar algum tipo de prova"

Diante da ausência de uma ordem do STF para converter a prisão em preventiva, Souza Bernardo teve liberdade concedida (Wilson Dias/Abril)

Diante da ausência de uma ordem do STF para converter a prisão em preventiva, Souza Bernardo teve liberdade concedida (Wilson Dias/Abril)

AB

Agência Brasil

Publicado em 10 de julho de 2018 às 22h57.

Última atualização em 10 de julho de 2018 às 23h01.

Solto na madrugada de hoje (10), o chefe de gabinete do ex-ministro do Trabalho Helton Yomura, Júlio de Souza Bernardo, pediu exoneração do cargo. Já em seu apartamento em Brasília, ele gravou um vídeo, divulgado nas redes sociais, onde comunicou o ato.

"Estou indo hoje ao ministério do Trabalho para pedir a minha exoneração para que o novo ministro tenha transparência, tranquilidade para trabalhar e para que as investigações sigam normalmente, para não parecer e nem dar um ar de que talvez eu esteja permanecendo no ministério do Trabalho para tentar ocultar algum tipo de prova dessa investigação que ainda prossegue", afirmou.

Ex-vereador em Paraíba do Sul (RJ) pelo PTB, conhecido como "Canelinha", Souza Bernardo foi preso na terceira fase da Operação Registro Espúrio, na semana passada, e solto após o prazo de cinco dias da prisão temporária, diante da ausência de uma ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) para converter a prisão em preventiva. Ele teve os sigilos telefônicos e bancários quebrados e afirma também que não cometeu nenhuma irregularidade. "Quero deixar claro que eu só me tornei investigado nessa operação registro espúrio tão somente por eu ter feito contato com pessoas que eram pessoas que estavam sendo investigadas. Por isso me tornei alvo da investigação", disse Souza Bernardo na gravação.

O novo ministro do Trabalho, Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello, tomou posse na tarde de hoje, em cerimônia no Palácio do Planalto. Perguntado se será necessário fazer uma revisão nos cargos da pasta após a terceira fase da Operação Registro Espúrio, deflagrada pela Polícia Federal, que afetou a cúpula do ministério, então comandado pelo PTB, o novo ministro afirmou que se as mudanças forem necessárias serão feitas.

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