Chefe da Secom tem 5 dias para explicar conflito de interesses, diz juíza
Fabio Wanjgarten é acusado de ter recebido pagamentos, por meio de uma empresa da qual é sócio, de veículos que têm contratos de publicidade com o governo
Reuters
Publicado em 21 de janeiro de 2020 às 10h49.
Brasília — A Justiça Federal de Brasília deu prazo de cinco dias para que o secretário especial de Comunicação, Fabio Wanjgarten, dê explicações sobre eventual conflito de interesses na atuação dele em ação movida pelo PSOL que busca afastá-lo do cargo após a suspeita de ele ter recebido pagamentos, por meio de uma empresa da qual é sócio, de emissoras de TV e agências que têm contratos de publicidade com o governo.
A ação do partido de esquerda, que também pede a anulação de todos os atos assinados pelo secretário, foi movida na quinta-feira com base em reportagem do jornal Folha de S. Paulo poucas horas após o presidente Jair Bolsonaro ter defendido a permanência de Wanjgarten no cargo.
A juíza Solange Salgado, da 1ª Vara da Seção Judiciário do Distrito Federal, deu o prazo de cinco dias diante da necessidade de obter mais esclarecimentos a respeito da ação. Destacou que o caso demanda o estabelecimento do contraditório para, conforme previsto em lei, subsidiar decisões judiciais.
"Assim, deixo para apreciar o pedido liminar após oportunizar manifestação prévia dos réus no prazo de 05 (cinco) dias úteis", disse a magistrada.